Uma situação triste em Balneário Camboriú chamou atenção. Em janeiro, uma mulher sofreu queimaduras em 32% do corpo ao ter um acidente em um restaurante de fondue. O caso, que deixou marcas não apenas físicas, mas também emocionais, está longe de ser normal e serve como um alerta sobre segurança em locais de consumo.
Sameli de Matos Bellio pediu ao garçom para reacender o fogareiro que fica embaixo da panela de fondue. Infelizmente, nesse momento, o dispositivo explodiu, causando queimaduras graves em diversas partes de seu corpo, como os braços, peito, pescoço e rosto. Ela relatou que, ao perceber o incêndio em seu vestido, correu em busca de ajuda. Dois clientes, solidários, ajudaram a apagar as chamas com suas roupas. A ambulância demorou cerca de 40 minutos para chegar, e, para complicar ainda mais, a conta foi cobrada enquanto ela aguardava atendimento.
O impacto do acidente foi devastador. Sameli passou 35 dias internada, 16 deles em coma. Na época, ela trabalhava como caixa em uma padaria em Itajaí e, desde o incidente, está afastada do trabalho. Além da dor do acidente, a saudade da filha de um ano agrava a situação. Em meio ao tratamento, ela precisou passar por cirurgias que incluíram a remoção de parte da perna para enxertar pele queimada.
Hoje, Sameli luta para conseguir recursos e dar continuidade a cirurgias reparadoras. Ela está movendo um processo contra o restaurante, buscando uma indenização por danos. O advogado dela, Maicon Ferreira Franca, enfatiza que o restaurante tem a responsabilidade de garantir a segurança dos clientes, não só em relação à comida, mas também na estrutura e treinamento dos funcionários.
As despesas médicas e de tratamento têm sido uma carga pesada. Sameli fala sobre os altos custos com fisioterapia, psicologia e cuidados específicos para queimaduras. O que ocorreu fez com que ela encarasse um momento surreal, onde chegou a pensar que poderia não sair viva.
Por outro lado, o restaurante declarou que prestou toda a assistência necessária à cliente desde o acidente. Eles afirmaram que cobriram os custos médicos e outras despesas até o conhecimento do processo legal, que atualmente está sob sigilo judicial.
Esse relato triste mostra que acidentes podem acontecer em qualquer lugar, mas a prevenção e o preparo para situações emergenciais são essenciais para garantir a segurança de todos.
