O verão esperado na Praia Central de Balneário Camboriú desafia os banhistas, afinal, pelo terceiro período consecutivo, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) aponta a praia como 100% imprópria para banho. O relatório divulgado na última sexta-feira revelou um panorama crítico, destacando a situação preocupante na Barra Sul, aliás, especificamente na altura da Rua 4900. Nesse local, identificaram-se 14.136 bactérias escherichia coli em 100 mililitros, muito além do limite aceitável de 800.
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Principais Destaques
- Praia Central de Balneário Camboriú imprópria para banho há três semanas consecutivas, segundo relatório do IMA.
- Ponto mais crítico, na Barra Sul, registra índice alarmante de 14.136 bactérias em 100 mililitros.
- A metodologia do IMA e os obstáculos para reverter a classificação geram preocupação no setor de Turismo.
Dois pontos na extremidade norte da Praia Central apresentaram contagens de coliformes abaixo do limite estabelecido. No entanto, apesar desses números, ambos permanecem impróprios para banho, então, já que são necessárias três análises consecutivas indicando balneabilidade para reverter essa classificação.
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Ponto mais crítico na Barra Sul, segundo análise do IMA
A abordagem metodológica do IMA, embora siga padrões nacionais, causa inquietação no setor turístico de Balneário Camboriú, enquanto enfrenta um desafio prolongado na reversão das análises de impropriedade. Margot Libório, vice-presidente do Convention & Visitors Bureau, expressa a preocupação, certamente, chamando a balneabilidade de “calcanhar de Aquiles” da região.
“A cidade é um sucesso, temos outras praias para o turista visitar, algumas com balneabilidade em dia e até mesmo com certificação ambiental. Mas se a Praia Central estivesse 100% própria, seríamos um destino imbatível. Imagino o potencial que alcançaríamos, seria extraordinário”, avalia.
A análise das últimas três semanas, realizada sem chuvas recentes, destaca-se por Balneário Camboriú possuir uma das maiores coberturas de rede de esgoto do estado, conforme cerca de 98% do município, uma cifra substancialmente superior à média estadual de 38%.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), responsável pelo sistema de esgoto, identifica três principais fatores que afetam a balneabilidade da Praia Central. Embora a chuva tenha estado ausente nas últimas semanas, enfim, destaca-se a falta de saneamento básico em Camboriú e problemas no sistema de tratamento em Balneário, decorrentes de questões encontradas na lagoa de aeração. Uma obra emergencial contratada por R$ 4 milhões busca reverter esse cenário.
Divergências e Perspectivas
Tanto a área técnica do IMA quanto fontes especializadas em saneamento indicam uma possível relação entre o alargamento da Praia Central e a deterioração da balneabilidade. O aterro de 70 metros ao longo da praia pode ter impactado a dinâmica das águas provenientes dos rios Marambaia e Camboriú, causando uma mudança na chegada dessas águas às extremidades da praia. Essa hipótese é contestada pela prefeitura.
Enquanto o debate sobre as causas persiste, a situação alarmante da Praia Central de Balneário Camboriú desafia autoridades e comunidade a buscarem soluções eficazes para preservar esse importante patrimônio natural.
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