O Brasil, já em um percurso notável de crescimento no setor de veículos elétricos, com um aumento de 91% nas vendas em 2023, agora vê Itajaí, uma cidade costeira de Santa Catarina, adotando essa tendência com a introdução de mais de 330 patinetes elétricos. Esta ação faz parte de um esforço maior para promover a sustentabilidade ambiental e aliviar o congestionamento urbano.
Aposta de Itajaí em Patinetes Elétricos
Fornecidos pela Jet Scooter Sharing e Adventure Mobi, os patinetes de Itajaí não são apenas um símbolo do compromisso da cidade com o transporte verde, mas também estão alinhados com o programa do governo federal, Mover – Mobilidade Verde e Inovação. Esse programa visa reforçar o investimento em veículos elétricos e infraestrutura de carregamento.
Diferente dos desafios enfrentados anteriormente por empresas como Grow, Lime e Uber, a abordagem de Itajaí parece mais sólida. Com mais de 14.000 viagens realizadas desde o início do programa em 2022, a cidade está testemunhando uma tendência positiva. Os patinetes da Jet Scooter Sharing, acessíveis pelo aplicativo “Jet”, são equipados com indicadores de velocidade, sinos, sinais noturnos e rastreamento por GPS. Os patinetes da Adventure Mobi oferecem comodidades semelhantes.
Além disso, Itajaí planeja integrar esses patinetes ao aplicativo MovItajaí, permitindo aos usuários ganhar moeda digital, AYRs, por viagens sustentáveis. Esses AYRs podem ser trocados pelo uso de patinetes ou passagens de ônibus locais, incentivando o transporte ecológico.
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Incentivo à Mobilidade Ecoamigável
Este movimento em Itajaí é um reflexo do maior avanço do Brasil em direção à mobilidade elétrica. Com o crescimento significativo nas vendas de veículos elétricos e a introdução de programas como o Mover, o país está se posicionando na vanguarda do transporte urbano sustentável. À medida que cidades como Itajaí lideram com soluções inovadoras como os patinetes elétricos, o Brasil está pavimentando seu caminho para um futuro mais verde e eficiente em mobilidade.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a experiência com patinetes elétricos em outras cidades do Brasil tem sido uma combinação de sucesso e desafios. A princípio, em São Paulo, esses veículos rapidamente se popularizaram, principalmente entre executivos que os utilizavam para se locomover pela cidade. Com o propósito de oferecer uma nova modalidade de mobilidade urbana, o sistema de aluguel por aplicativo permitia que os usuários desbloqueassem os patinetes com um código e pagassem com base no tempo de uso.
Apesar de sua popularidade inicial, várias empresas enfrentaram dificuldades significativas. A Grow, resultado da fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, foi a maior operação de patinetes elétricos no Brasil. A empresa lutou com a manutenção dos equipamentos e também lidou com vandalismo e furtos.
A pandemia de Covid-19 em 2020 agravou esses desafios. Como resultado, a Grow abandonou suas operações de bicicletas e focou apenas nos patinetes em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Antes de mais nada, é essencial entender que, apesar desses esforços, a empresa acabou entrando com um pedido de recuperação judicial e, posteriormente, foi declarada falida.
Outras empresas, como a Lime e a Uber, também tentaram estabelecer operações de patinetes elétricos no Brasil
A Lime, após cerca de seis meses de operação, deixou o país em 2020. Saiu citando a necessidade de viabilizar a sustentabilidade financeira do negócio, que havia sofrido um prejuízo significativo em 2019. Com toda a certeza, esses desafios financeiros foram decisivos para a sua saída. De antemão, é importante reconhecer que a Uber, que começou a oferecer o serviço de patinetes em janeiro de 2020, também teve que encerrar suas atividades em julho do mesmo ano, em grande parte devido à pandemia.
Essas experiências mostram que, embora às vezes haja um interesse e uma demanda potencial por patinetes elétricos como uma forma de transporte urbano no Brasil, também existem desafios significativos relacionados à operação e manutenção desses serviços. Acima de tudo, questões econômicas e de segurança continuam sendo fatores críticos. Assim como ocorreu com essas empresas, o setor de patinetes elétricos no Brasil continua a buscar soluções a fim de superar esses desafios e a fim de que possa prosperar de maneira sustentável.
