A princípio, dezembro chega com a lembrança crucial da batalha contra o HIV. Acima de tudo, uma cidade catarinense se destaca como referência, reduzindo os casos ao oferecer seringas a usuários de drogas, com o propósito de minimizar os riscos associados ao uso dessas substâncias, principalmente as injetáveis, mais comuns na época.
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Iniciativa de Transformação: Adoção das Kits de Seringas em Itajaí
A fim de transformar a realidade, a prefeitura de Itajaí adotou essa medida em 1998. Ainda assim, em apenas quatro anos, a cidade saiu do primeiro para o décimo sexto lugar no ranking de novos casos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, como resultado direto dessa estratégia.
Estratégias Eficazes: Redução de Danos e Prevenção em Destaque
Entre as ações que tornaram isso possível, a prefeitura destacou abordagens que respeitavam a autonomia de cada indivíduo e a entrega de kits com seringas, algodão e recipientes para diluição. Desde já, durante cerca de 12 anos, profissionais visitavam rotineiramente locais de uso de drogas com o propósito de fornecer esses materiais, principalmente para reduzir danos.
Resultados Concretos: Queda Significativa nos Casos de HIV em Itajaí
Os números federais mostram com toda a certeza o sucesso da iniciativa. De antemão, em 1997, Itajaí liderava o ranking nacional, com 133,8 casos de HIV por 100 mil habitantes. Já em 1998, após o início do projeto, esse número caiu para 88,8. Apesar da melhora, a cidade ainda se mantinha em primeiro lugar no país.
Mudança de Paradigma: Redução do Uso de Drogas como Meio de Transmissão
Contudo, em 2002, a incidência reduziu drasticamente para 27,4 casos, levando Itajaí para a 16ª posição nacional. No último boletim do Ministério da Saúde, em 2021, a cidade se encontra no 23º lugar, com uma taxa de detecção de 47,5 por 100 mil habitantes, confirmando os resultados positivos dessa abordagem.
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Modelo de Sucesso: Atuação Exemplar na Redução de Danos e Prevenção
Daniela Ribeiro Schneider, professora da UFSC, aponta que Itajaí foi um modelo na década de 90, principalmente na redução de danos e prevenção à AIDS. Coordenada pela médica Rosalie Knoll, a abordagem era inclusiva, sigilosa e baseada na confiança, com pontos de troca de seringas em postos e bares parceiros.
Controvérsias e Esclarecimentos: A Polêmica sobre os Kits em Itajaí
O projeto, coordenado por profissionais de diversas áreas, contava até com ex-usuários de drogas como agentes redutores de danos. Em primeiro lugar, esse trabalho focado em redução de danos e saúde pública enfrentou controvérsias, como a entrega de kits com sedas de maconha e lubrificantes em 2023, levantando debates em Itajaí.
Para alguns, a medida poderia incentivar o uso de drogas, mas a prefeitura contestou essa visão, reafirmando que essa ação faz parte da estratégia de redução de danos. De antemão, Gustavo Pereira, diretor de Atenção à Saúde de Itajaí, explicou que esse trabalho teve início em 1989, no Porto de Santos, visando evitar o compartilhamento de seringas.
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