Paloma Almeida Floriano, uma mulher de 33 anos, natural de Minas Gerais e residente em Blumenau, teve sua vida brutalmente interrompida em um caso de feminicídio. O crime, ocorrido no final do ano passado, inicialmente foi encoberto sob a aparente simulação de suicídio por parte dos suspeitos. Contudo, a perícia atenta da Polícia Civil de Blumenau desvendou a trama e revelou a verdade por trás da morte de Paloma.
Descobrindo a Cena
Segundo a investigação liderada pelo delegado Bruno Fernando, Paloma, que vivia sozinha no bairro da Glória, foi vista pela última vez pouco antes do Natal, na companhia de dois homens. Dias depois, em 29 de dezembro, a tragédia se revelou quando vizinhos a encontraram morta dentro de casa. Apesar da cena inicialmente sugerir um suicídio, o local estava desarrumado, com portas abertas e manchas de sangue no chão. A vítima apresentava graves ferimentos na cabeça.
O Papel Crucial do Cupom Fiscal
Durante a perícia, um elemento inusitado chamou a atenção dos investigadores – um cupom fiscal encontrado no lixo do imóvel. O documento indicava a compra de uma lasanha e uma garrafa de vinho em um posto de combustível da região, na noite de 24 de dezembro. Ao acessar as câmeras do estabelecimento, a polícia identificou o suspeito, cuja camisa ensanguentada estava na casa segundo a perícia.
O suspeito, monitorado por tornozeleira eletrônica, permaneceu na residência de Paloma até a manhã do dia 25, conforme revelou o delegado. Preso em 12 de janeiro por um roubo, o indivíduo, com extensa ficha criminal, é suspeito de estupros, agressões e envolvimento em crimes como roubos e tráfico de drogas.
O delegado Bruno solicitou a prisão preventiva por feminicídio, mas, como o suspeito já estava detido, apenas um interrogatório se fez necessário. Diante das autoridades, o suspeito admitiu ter ido à casa de Paloma, furtando seu celular, mas negou o assassinato. No entanto, deverá sofrer indiciamento por homicídio qualificado, feminicídio, furto e fraude processual.
Rumo à Justiça
O segundo envolvido ainda não está identificado, mas as investigações continuam. O inquérito foi para o poder judiciário, abrindo caminho para o processo. A motivação do crime ainda permanece obscura para a polícia.
Leia mais:
- Itajaí Revoluciona Educação: Um Salto Milionário Rumo ao Futuro
- Osterfest 2024: Governo de SC investe R$ 100 Mil na tradicional festa de Pomerode
- Linguiça Blumenau Conquista Selo de Indicação Geográfica em Marco Histórico
- Calor em toda SC chega a seu auge no Carnaval: Temperaturas acima dos 40ºC
A família de Paloma, originária de Minas Gerais, relata que ela havia deixado Palhoça, na Grande Florianópolis, para fugir de um ex-companheiro violento. Apesar disso, as investigações não encontraram vínculos claros entre esse episódio e o feminicídio ocorrido em Blumenau, conforme afirmou o delegado responsável pela investigação.