A Venezuela anunciou uma nova taxa sobre produtos importados do Brasil, aplicando alíquotas que variam entre 15% e 77%. Essa mudança surpreendeu exportadores, pois foi implementada sem aviso prévio. A dúvida agora é se a medida foi resultado de um erro burocrático ou se foi uma decisão deliberada.
O estado de Roraima é o mais afetado, pois faz fronteira com a Venezuela. Exportadores brasileiros estão enfrentando dificuldades em ter seus certificados de origem aceitos pelas autoridades venezuelanas. Isso tem gerado o aumento das tarifas sobre os produtos, ainda que, desde 2014, exista um Acordo de Complementação Econômica entre os dois países, que deveria garantir a isenção de impostos sobre a maioria dos bens comercializados.
A Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) confirmou esses relatos e informou que já iniciou apurações internas para entender as dificuldades relacionadas à aceitação dos certificados. A Fier também está em contato com autoridades de ambos os países para buscar soluções rápidas que ajudem a normalizar o comércio.
Até o momento, os procedimentos para emissão e reconhecimento dos certificados estão sendo realizados conforme as normas da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e do Acordo de Complementação Econômica nº 69. A Federação reafirmou seu compromisso com a transparência e com o diálogo constante para fortalecer as relações comerciais entre Brasil e Venezuela.
As novas taxas podem impactar significativamente o comércio bilateral e, consequentemente, o bolso dos consumidores. A situação está sendo monitorada de perto pelas autoridades e pelo setor empresarial.
