Balneário Camboriú

Vendedor de flores em SC solicita justiça após agressão

Um vendedor de flores acabou brutalmente agredido enquanto trabalhava na orla da Praia Central, em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. O episódio ocorreu na madrugada de quinta-feira, dia 17 de outubro, e causou revolta não só entre os moradores, mas também entre os turistas que estavam por ali e presenciaram os acontecimentos.

Identificado como David Júnior Santos Américo, ele tem seis anos de experiência vendendo rosas na região e é bastante conhecido pelo seu jeito simpático e alegre de atender. O que aconteceu foi que, ao oferecer uma flor a um grupo que saía de uma boate, um dos homens do grupo reagiu de forma violenta, atacando David com uma garrafa de uísque.

De acordo com relatos e imagens que circulam, a situação se agravou rapidamente. Outros dois homens se juntaram ao ataque, incluindo um guarda municipal, que estava de folga no momento. “Ele quebrou uma garrafa em mim. Tentei me proteger com o balde de rosas, mas outro agressor me segurou por trás”, contou David, ainda visivelmente abalado. As agressões lhe causaram ferimentos no rosto, cabeça e ele até perdeu alguns dentes. Para ajudar, um amigo o levou a uma unidade de pronto atendimento.

### O Clamor por Justiça

As imagens gravadas por quem testemunhou mostram David todo machucado e desorientado, enquanto algumas pessoas tentavam ajudar. Um senhor que se envolveu para defendê-lo também foi agredido. A Polícia Militar foi chamada e registrou um boletim de ocorrência contra os responsáveis.

A Secretaria de Segurança e Ordem Pública de Balneário Camboriú decidiu afastar o guarda municipal envolvido e abriu uma investigação na Corregedoria para apurar o caso. “Ele está afastado e a Corregedoria já está analisando a situação. A prefeitura também está dando apoio à vítima, inclusive com acompanhamento da Secretaria de Saúde”, comentou o secretário responsável. O Ministério Público e a Polícia Civil também estão acompanhando os desdobramentos.

Apesar das marcas físicas e emocionais, David voltou ao trabalho, mas está percebendo uma queda nas vendas. “As pessoas ficam assustadas ao me verem nesse estado. Estou tentando seguir em frente, mas está difícil. Só quero que a justiça seja feita”, desabafou ele.

Esse triste episódio reacende a discussão sobre a segurança nas áreas turísticas de Santa Catarina e a necessidade de respeito aos trabalhadores informais, que enfrentam desafios diários, como a falta de proteção e a violência, além da precariedade do trabalho.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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