Três pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (8) durante a Operação Luxúria, promovida pela Polícia Civil em Itajaí. Essa ação foi liderada pela Delegacia de Combate às Drogas, conhecida como DECOD, e estava em busca de desmantelar uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro na região.
Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva. As operações aconteceram em várias cidades, como Itajaí, Navegantes, Ilhota, Gaspar, Chapecó e Rodeio. Além das prisões, a polícia apreendeu aproximadamente 18 quilos de maconha, balanças de precisão, telefones e até três veículos, incluindo um Toyota Corolla de R$ 150 mil.
Boates como fachada para o tráfico
O principal alvo da investigação é um empresário que já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. Mesmo preso, ele continuava a comandar as atividades do grupo, utilizando três boates como fachada para realizar lavagem de dinheiro e distribuir drogas.
A esposa dele, descrita como uma figura central na operação e conhecida informalmente como a “primeira-dama do tráfico”, também está entre os investigados. Ela morava em Ilhota e era apontada como uma das responsáveis por organização e logística.
Durante as prisões, o grupo foi dividido: alguns foram levados para a Penitenciária da Canhanduba em Itajaí, enquanto outros foram encaminhados ao Presídio Regional de Blumenau.
Em entrevista à NDTV Record, o delegado Eduardo Dallo comentou que a ação foi resultado de meses de investigação. Ele explicou que as boates eram usadas não só para exploração sexual, mas também como ponto de armazenamento e distribuição de drogas. A partir de agora, a Polícia Civil, em parceria com a Vigilância Sanitária e o setor de festas e eventos, pretende cassar os alvarás de funcionamento desses locais.
Dallo ainda revelou que, mesmo com o líder preso, o grupo continuava ativo. A prioridade agora é localizar dois foragidos e seguir com as investigações para detectar outros membros da quadrilha. Os veículos apreendidos podem ser utilizados pela polícia no combate ao tráfico, e a Operação Luxúria deve continuar, com a possibilidade de novas prisões nos próximos dias.
