The Old Guard 2 vale a pena?
A franquia “The Old Guard” retorna com sua continuação, “The Old Guard 2”, após uma longa espera de cinco anos. Disponível agora na Netflix, o filme é baseado nos quadrinhos de Greg Rucka e Leandro Fernandez, apresentando novamente Charlize Theron no papel de Andy, uma líder de guerreiros imortais. Este novo capítulo da saga, apesar das incertezas sobre sua produção, apresenta uma proposta ambiciosa ao se posicionar como um elo central de uma possível trilogia.
O início do filme traz uma cena longa e intensa, onde o grupo de Andy invade a casa de um traficante de armas, marcando uma ação inicial impressionante. No entanto, o filme opta por um ritmo mais lento após essa sequência, o que pode surpreender os espectadores. Com roteiro elaborado por Greg Rucka e Sarah L. Walker, a narrativa se desenrola de forma a ser uma introdução a algo maior, estendendo-se por 1 hora e 45 minutos. Nesse tempo, são apresentadas apenas três sequências de ação, criando a impressão de que a ação é mais contida do que o esperado para um filme desse gênero.
A direção fica a cargo de Victoria Mahoney, uma veterana da televisão americana, que traz uma abordagem mais sutil ao filme. Embora prossiga com uma narrativa economizada, Mahoney destaca o talento físico de Charlize Theron, cujas habilidades de luta continuam impressionantes. Theron demonstra não apenas a técnica, mas também a intensidade emocional que dá vida à sua personagem. Ao seu lado, Veronica Ngo, que retoma seu papel como Quynh, é uma forte presença nas cenas de luta, trazendo uma performance que rivaliza com a de Theron.
Enquanto a dupla principal segura a atenção, o filme tem dificuldade em explorar outros personagens coadjuvantes que foram bem recebidos no primeiro filme. Novos personagens como Tuah, interpretado por Henry Golding, e Discord, vivida por Uma Thurman, não ganham espaço suficiente para deixar uma marca significativa na história.
“The Old Guard 2” entrega um trabalho competente como um filme de ação e prepara o terreno para uma possível continuidade, mas sua execução pode não ser tão robusta quanto a equipe de produção pode ter imaginado. O filme parece carecer de um entendimento mais profundo dos elementos que fizeram o primeiro filme se destacar, o que poderia ajudar a reviver o interesse do público por essa narrativa.
Em resumo, “The Old Guard 2” mantém a essência da franquia, mas enfrenta o desafio de consolidar seu espaço como uma continuação significativa. O sucesso do primeiro filme pode ter gerado expectativas altas, mas é provável que o público tenha uma experiência mista com essa nova entrega.