Servidoras investigada é desligada em SC
Uma técnica em radiologia do Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, foi demitida por justa causa. O motivo? Ela é suspeita de estar comercializando atestados médicos falsos. A situação começou a ser investigada após denúncias feitas pelos próprios colegas de trabalho.
Essa profissional, que atuava no hospital há sete anos, utilizava carimbos e receituários furtados da instituição para criar os documentos falsos. Além disso, a investigação revelou que ela chegou a falsificar assinaturas de médicos, o que a colocou em uma situação complicada.
No último sábado, a Polícia Civil realizou buscas na casa da funcionária e também no hospital. Durante a ação, encontraram materiais que comprovam a fraude na residência dela.
Esquema com atestados falsos
A apuração começou quando a Secretaria de Gestão de Pessoas notou a frequência de atestados com sinais de falsificação. O secretário Ary Souza, em entrevista à NDTV RECORD, mencionou que já existem 12 casos sendo examinados. Destes, quatro já resultaram em confissão por parte de servidores. Um deles apontou a técnica como responsável pela entrega dos atestados falsos.
Novas demissões
A investigação não para por aí. O secretário ressaltou que os funcionários que apresentaram esses atestados também serão averiguados e, possivelmente, demitidos. Há casos em que um mesmo servidor chegou a apresentar mais de 50 atestados em um ano. Isso indica que o esquema de venda de atestados falsos pode estar funcionando há bastante tempo. A prefeitura já encaminhou o caso para a Polícia Civil, que dará continuidade à investigação.
Em nota oficial, a direção do hospital se manifestou contra qualquer prática ilegal. Eles reforçaram que a saúde das pessoas é prioridade e qualquer fraude será combatida com rigor.
Controle mais rígido
Para combater esse tipo de situação, a administração municipal começou a implementar, em março, um sistema de monitoramento dos afastamentos por atestados médicos. Essa nova medida visa aumentar a transparência e eficiência, já que, em 2024, a média de atestados estava em 1.780 por mês, gerando um custo de aproximadamente R$ 19 milhões para a cidade. Com o novo controle, os dados mostram que o número de afastamentos caiu pela metade.