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Saúde de Camboriú alerta para Caramujos Africanos no Verão: Saiba como se proteger

A chegada do verão traz consigo não apenas dias ensolarados, mas também um aumento significativo nas chuvas, tornando mais evidente o aparecimento dos Caramujos Africanos (Achatina Fulica). A Secretaria de Saúde de Camboriú, através do Departamento de Vigilância Sanitária (DVS), está emitindo um alerta sobre os riscos associados a esses moluscos e as precauções essenciais ao lidar com eles. O ciclo reprodutivo desses animais é altamente produtivo, resultando na postura de cerca de 200 ovos por indivíduo, o que pode desencadear uma série de problemas no meio ambiente.

Foto: Canva

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Impacto Ambiental e Riscos à Biodiversidade

O Caramujo Africano acarreta significativas perdas ambientais, afinal, sobretudo na biodiversidade local. Sua presença impacta negativamente as espécies nativas devido ao seu tamanho maior, alimentação versátil, rápido crescimento e reprodução acelerada, sem predadores naturais. Ademais, esses caramujos podem atuar como hospedeiros de múltiplos parasitas, e suas conchas vazias, após a morte do animal, podem acumular água, transformando-se em focos para larvas do mosquito Aedes aegypti.

Riscos à Saúde Humana

O contato humano com esses caramujos abre portas para a transmissão do verme Angiostrongylus, agente causador da angiostrongilíase. A infecção pode ocorrer pela ingestão do caramujo, consumo de alimentos contaminados com seu muco ou simples contato com o mesmo.

Sintomas e Controle

A angiostrongilíase pode se manifestar de duas formas: meningoencefálica e abdominal. Os sintomas variam, desde dores de cabeça intensas e febre até desconfortos abdominais, vômitos e diarreia, dependendo da forma da infecção.

O controle desses moluscos é crucial para evitar a proliferação. Recomenda-se eliminar por meio da catação manual, embora evitando o uso de sal, já que esse método pode resultar na postura de centenas de ovos pelos caramujos.

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Medidas de Eliminação e Prevenção

É essencial seguir procedimentos cuidadosos ao eliminar os caramujos. Recomenda-se o uso de luvas de borracha ou sacos plásticos para manipulá-los, além de evitar a ingestão de alimentos, fumar ou beber durante o manuseio.

A eliminação eficaz dos caramujos é possível por meio de bombonas contendo uma solução de cloro, então onde devem ser mantidos até não apresentarem movimentos. Após esse período, devem ser descartados em sacos plásticos devidamente isolados.

Outras medidas incluem a quebra das conchas e a incineração dos caramujos, sempre com precauções para evitar acidentes.

Orientações Adicionais e Contato

É fundamental lavar qualquer área em contato com os caramujos com água e sabão. Enfim, evite jogá-los em água, lixo doméstico ou utilizar pesticidas, e promova a limpeza constante dos ambientes para impedir a proliferação.

Para denúncias ou mais informações sobre o assunto, o Departamento de Vigilância Sanitária está disponível na sede da Secretaria de Saúde, na Rua Porto Alegre, n° 698, no Centro. Também é possível contatá-los pelo telefone: (47) 3365-9515.

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