Balneário Camboriú

Relatório revela problemas em extravasamento de esgoto na Rua 3700

A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa) finalizou o relatório de uma sindicância que investigou o extravasamento de esgoto ocorrido em 12 de julho. O incidente aconteceu na Estação Elevatória de Esgoto EEE-08, na Rua 3700, e resultou na interrupção do bombeamento de esgoto na região norte da cidade, ocasionando um transbordo de material não tratado.

Segundo o documento, a falha foi consequência de vários fatores. Os equipamentos estavam todos fora da vida útil, havia dificuldade na reposição de peças adequadas e não existia um plano de manutenção preventiva. O resultado disso foi que, em apenas 15 dias, todas as quatro bombas da estação queimaram. Estavam em operação sem manutenção adequada e no limite de sua capacidade.

### Equipamentos antigos e mal armazenados

Das quatro motobombas que apresentaram problemas, três foram adquiridas entre 2015 e 2017, enquanto a quarta era ainda mais antiga. Nenhuma delas foi substituída ou modernizada nos últimos anos. O armazenamento não apropriado dos equipamentos de reserva também contribuiu para a situação. Até dezembro de 2024, essas bombas permaneceram expostas ao tempo, o que afetou os sistemas de vedação e facilitou a entrada de água nos motores após a reinstalação.

### Falta de manutenção preventiva

Outro ponto alarmante abordado no relatório foi a ausência de um plano de manutenção formal. Sem inspeções periódicas e testes, a resposta à falha foi prejudicada, aumentando o impacto do incidente. Para se ter uma ideia, a estação ficou completamente parada, um cenário inédito para a Emasa.

### Ações emergenciais e promessa de correções

Em resposta à situação, a Emasa anunciou a compra emergencial de 16 novas bombas submersíveis, com o processo concluído em 22 de julho. Essas bombas serão encomendadas e devem ser entregues em até seis meses. Além disso, está sendo estudada a construção de um novo almoxarifado técnico, climatizado e coberto, para garantir o armazenamento adequado de peças e equipamentos. Enquanto isso, uma cobertura provisória foi instalada para reduzir o risco de novas perdas por exposição.

Embora a gestão atual esteja implementando medidas corretivas, reconhece que muitos dos problemas têm raízes em gestões passadas. No entanto, prazos para a reestruturação completa do sistema ainda não foram definidos.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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