Profissionais de saúde enfrentam aumento da violência em Itajaí
Casos recentes de violência contra profissionais de saúde em Itajaí têm gerado preocupação na cidade. O prefeito, Robison Coelho, anunciou a instalação de câmeras de segurança em unidades de saúde para proteger esses trabalhadores da linha de frente.
Neste último domingo (17), duas médicas foram agredidas em menos de 48 horas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIS. O último caso envolveu um paciente que, após solicitar um atestado médico e sair antes da finalização do atendimento, passou a ofender verbalmente um servidor e o filmou sem consentimento. A equipe de segurança interveio para evitar que a situação fosse ainda mais grave.
As informações são de que a tensão estava alta, e poderia ter resultado em agressão física, como em casos anteriores. Em resposta a essa onda de violência, a prefeitura reforça que existe uma legislação que prevê punições mais rígidas para crimes contra profissionais da saúde, como lesão corporal e ameaças.
Outros incidentes em Itajaí
Antes desse incidente, outra médica sofreu agressão na mesma UPA, e, no dia seguinte, um caso similar ocorreu no Hospital Marieta, também envolvendo uma profissional de saúde. Ao todo, em apenas dois dias, foram três casos de violência registrados. As autoridades estão apurando todas essas ocorrências.
A Prefeitura de Itajaí se posicionou firmemente contra qualquer forma de violência, ressaltando que tanto as agressões verbais quanto as físicas são crimes. Além das câmeras, o município vai aumentar a segurança nas unidades e pede que os cidadãos optem sempre pelo diálogo respeitoso.
Medidas do prefeito
Diante desse cenário preocupante, o prefeito Robison Coelho utilizou suas redes sociais para comunicar a decisão de instalar câmeras de segurança nos postos de saúde. Ele deixou claro que atos de desrespeito e a “farra dos atestados” não serão tolerados.
Ele explica que é fundamental deixar as responsabilidades de emissão de atestados nas mãos dos profissionais de saúde. “Quem pode dar um atestado é o médico, não o paciente que só quer um papel”, disse em um vídeo que compartilhou.
Motivo das agressões
Uma possível causa para essa série de agressões é a recusa de alguns profissionais em emitir atestados médicos. Em um dos casos, a Polícia Militar foi chamada, mas a suspeita conseguiu fugir antes da chegada da equipe.
A prefeitura está elaborando um relatório que será enviado à Polícia Civil, onde um inquérito será aberto para investigar e responsabilizar os agressores. A situação é realmente preocupante e reflete um problema mais profundo que afeta não só os profissionais, mas toda a comunidade.