Prefeitura investiga colapso da estação elevatória da Emasa
A Prefeitura de Balneário Camboriú começou a investigar o colapso das Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). Tudo isso depois de uma falha no sistema de bombeamento que ocorreu no último sábado, 12, na elevatória da Rua 3700, que fica bem no centro da cidade.
Na segunda-feira, 14, a prefeita Juliana Pavan visitou a sede da Emasa para acompanhar de perto o que está sendo feito a respeito. O problema afetou não só a estação da Rua 3700, mas também a elevatória da Avenida Brasil, que fica próxima à Rua 2950. Importante lembrar que a unidade da Rua 3700 é responsável por bombear todo o esgoto da região norte até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no bairro Nova Esperança.
Juliana deixou claro: “Estamos aqui para entender o que aconteceu e buscar soluções. A população merece respostas e precisamos ser transparentes. Confio na equipe da Emasa e quero entender de forma clara o que causou esse problema”.
Jefferson Andrade, diretor técnico da Emasa, explicou que foi realizada uma operação emergencial no sábado, usando 12 caminhões hidrovácuo para desviar os efluentes até a ETE ou para Poços de Visita (PVs) próximos, evitando uma situação ainda pior para o meio ambiente.
Ele também mencionou que estão elaborando um projeto para construir um poço de backup ao lado do sistema atual. Isso funcionaria como uma alternativa rápida caso as bombas principais falhem novamente.
Durante a reunião, Auri Pavoni, diretor-presidente da Emasa, trouxe novidades sobre a licitação para a compra de 16 novas bombas submersas. A abertura das propostas estava marcada para sexta-feira, 11, mas foi adiada por recomendações do Tribunal de Contas do Estado. A nova data está prevista para o dia 22 de julho.
Pavoni reforçou que esse investimento já estava no planejamento, antes mesmo do ocorrido. “Esse processo está sendo possível graças à boa saúde financeira da Emasa e ao aumento na arrecadação. Com isso, vamos investir em equipamentos e novas tecnologias”, afirmou.
Outro assunto da pauta foi a vulnerabilidade das elevatórias quando ocorre falta de energia. Atualmente, elas dependem exclusivamente da rede da Celesc e não têm geradores próprios. A autarquia está pensando em adquirir seis geradores de grande porte — quatro fixos e dois móveis — para garantir funcionamento contínuo, mesmo em casos de quedas de energia.
Por fim, a Emasa iniciou a análise das imagens de videomonitoramento das estações. O foco é identificar quaisquer falhas técnicas ou operacionais que possam ter causado o colapso. Uma sindicância interna também está em andamento para investigar a sequência de problemas que resultou na queima de quatro bombas em menos de 15 dias.