Powell pede revisão de reforma de US$ 2,5 bilhões após críticas de Trump
A construção da nova sede do Federal Reserve, a autoridade monetária dos Estados Unidos, em Washington, D.C., está sob revisão após uma série de críticas sobre seu custo e gerenciamento. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, solicitou a ajuda do inspetor geral da instituição para examinar os custos crescentes do projeto, que inicialmente tinha um orçamento de 2,5 bilhões de dólares.
As preocupações sobre o projeto aumentaram após comentários do presidente Donald Trump e outros membros da administração, que acusaram o Federal Reserve de uma “gestão fundamentalmente inadequada.” O diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, destacou em uma entrevista que é problemático que a instituição possa “imprimir dinheiro” e gastar essa quantia sem a supervisão do Congresso.
O inspetor geral é responsável por investigar fraudes e abusos dentro do Federal Reserve e do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor. Além da revisão, o projeto inclui a reforma de dois dos três prédios do Federal Reserve em Washington, sendo um deles o edifício principal, conhecido como Eccles.
Russell Vought, chefe do Escritório de Gestão e Orçamento, também criticou a iniciativa, comparando a nova sede ao Palácio de Versalhes, em França, e acusou Powell de má gestão fiscal. Durante uma entrevista, Vought assegurou que a atual gestão do Federal Reserve está fazendo um uso excessivo dos recursos.
Em resposta às críticas, o Federal Reserve criou uma página de perguntas frequentes em seu site, onde esclarece os motivos para mudanças nos planos do projeto, que foram parcialmente motivadas pelos custos de construção mais altos do que o esperado. Segundo a instituição, o projeto também visa resolver problemas de segurança, como a remoção de materiais perigosos como amianto e chumbo, e atualizar os prédios para atender a normas modernas. Vale destacar que a entidade não é financiada por impostos, portanto não está sob a supervisão do Escritório de Gestão e Orçamento.
Por fim, o ex-governador do Federal Reserve, Kevin Warsh, também se uniu às críticas, chamando os custos da reforma de “extravagantes” e argumentando que isso revela uma falta de direção na instituição. Ele é visto como um potencial sucessor de Powell, cuja gestão termina em maio de 2026.