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Polícia Militar de SC retira porte de arma de vereador em Itapema

A Polícia Militar de Santa Catarina divulgou, no dia 7 de agosto de 2025, uma portaria que revogou a autorização de porte de arma do cabo da reserva remunerada e vereador de Itapema, Saulo Salustiano Ramos Neto. Essa decisão, assinada pelo coronel Emerson Fernandes, comandante-geral da PMSC, baseou-se no Inquérito Policial Militar nº 1185/PMSC/2025. A portaria também prevê o recolhimento da identidade funcional e das armas registradas em nome do vereador.

A investigação levantou indícios de comportamentos que não são compatíveis com o porte de arma. Entre as condutas citadas, estão o incitamento à prática de crimes, o uso irregular de uniforme e equipamentos policiais enquanto inativo, além da exposição indevida de pessoas sob custódia. Essa decisão inclui a comunicação à Polícia Federal e ao Exército Brasileiro, que irão bloquear os registros e considerar o cancelamento de eventuais certificados relacionados ao uso de armas. Caso as regras sejam desrespeitadas, a pessoa pode ser responsabilizada penalmente e administrativamente.

O inquérito começou após uma verificação preliminar realizada pela Corregedoria-Geral da PMSC. O documento destacou que as ações do vereador, mesmo fora da ativa, prejudicaram a ordem administrativa da corporação, justificando assim a revogação do porte.

### A Reação do Vereador

Após essa divulgação, Saulo Ramos usou suas redes sociais para expressar sua indignação. Ele afirmou que ficar sem o porte de arma o coloca em risco, já que, segundo ele, tem recebido diversas ameaças de criminosos. Para o vereador, essa decisão não tem base legítima, mas é uma manobra política para enfraquecê-lo e abrir espaço para que seus inimigos o ataquem.

Ele mencionou que as acusações vieram de “vinte e quatro denúncias” originadas de seu Instagram, todas relacionadas a prisões que ele diz ter realizado no passado para proteger a comunidade de Itapema. Em suas declarações, ele já havia mostrado provas das ameaças que recebeu, e acredita que adversários políticos estão fazendo denúncias falsas para tentar retirar seu direito ao porte de arma.

Saulo Ramos vê a revogação como parte de uma estratégia maior de enfraquecer seus concorrentes, seja por ações diretas ou facilitando ataques de terceiros. Ele enfatizou: “Quando tentam não te matar diretamente, criam um ambiente propício para que os criminosos façam isso.” Mesmo com o revogação e sem armamento, o vereador deixou claro que não pretende recuar na sua atuação política e que continuará lutando por Itapema. “Só depois de morto eu vou parar. E que comecem os jogos. Eu estou desarmado. Tenta a sorte”, concluiu.

Até o momento, a decisão é passível de recurso, e o vereador continua sob as restrições impostas pela portaria.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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