Balneário Camboriú

Polícia apura falsificação de atestados no Hospital Ruth Cardoso

Neste sábado (12), a Polícia Civil realizou uma operação no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Essa ação faz parte de uma investigação sobre supostas fraudes envolvendo atestados médicos, apontadas por uma servidora da Prefeitura. A denúncia foi feita oficialmente pela própria administração pública, através da Secretaria de Gestão de Pessoas.

A história começou quando os gestores perceberam um número incomum de atestados apresentados por servidores ao longo dos anos. Para entender melhor a situação, a Prefeitura instaurou um procedimento interno. As investigações mostraram indícios de irregularidades e levaram à comunicação com a Polícia Civil, resultando nesta operação numa manhã de sábado.

Segundo informações da Controladoria-Geral e da Procuradoria do Município, a servidora alvo da investigação pode estar ligada a um esquema que já dura pelo menos cinco anos. Há casos em que um único servidor apresentou mais de 50 atestados médicos em um período de apenas um ano.

Diante dos indícios encontrados, a Prefeitura decidiu fazer uma varredura em todos os atestados apresentados nos últimos cinco anos. O objetivo é descobrir a real extensão desse possível esquema de fraudes.

Um dado interessante é que, só em 2024, a média mensal de atestados médicos registrados no serviço público municipal foi de 1.780, gerando um custo de cerca de R$ 19 milhões para os cofres públicos. Recentemente, a Prefeitura estabeleceu regras mais rígidas para a apresentação e verificação de documentos médicos, o que já ajudou a reduzir em quase 50% os afastamentos.

O secretário Ary Souza destacou que o afastamento por motivos de saúde é um direito legítimo, mas as fraudes prejudicam o atendimento à população. Ele afirmou que as novas regras têm o objetivo de coibir esses atos irregulares, garantindo a qualidade do serviço prestado.

A Prefeitura acompanha de perto os desdobramentos da investigação e está aberta a tomar novas medidas conforme os fatos forem sendo apurados. Por enquanto, o nome da servidora investigada não foi revelado publicamente.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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