PMs são presos por prevaricação no caso ‘Lobo da Batel’ em SC
Dois policiais militares acabaram presos em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, suspeitos de prevaricação e concussão. Essa história se entrelaça com o caso do “Lobo da Batel”, um estelionatário acusado de aplicar um golpe bilionário no Paraná.
A prisão dos PMs ocorreu na tarde de sábado, e a Justiça já determinou que eles permaneçam detidos enquanto os fatos são esclarecidos. Eles estão custodiados na sede do 31º Batalhão de Polícia Militar, em Itapema.
O caso chamou atenção da mídia local, mas a polícia não deu muitos detalhes sobre como se deu essa prisão, apenas confirmou a detenção dos militares.
Quem é o “Lobo da Batel”?
O “Lobo da Batel” foi preso com mais de R$ 5 milhões em dinheiro, entre reais e dólares, em um hotel de luxo na região. Ele, que se chama José Oswaldo Dell’Agnolo, estava foragido e é considerado um dos responsáveis por um dos maiores golpes financeiros do Brasil.
As investigações apontam que suas empresas geraram um impacto negativo de cerca de R$ 1 bilhão em 800 vítimas, especialmente em Curitiba. Isso mostra a gravidade do esquema que ele montou.
Como funcionava o golpe?
O golpe do “Lobo da Batel” tinha um jeito bem estruturado. Ele se apresentava em vídeos e investia na sua imagem, criando uma conexão com os potenciais clientes. Os golpes eram realizados através de duas empresas: a The Boss e o Futuree Bank.
A primeira atraía os clientes com promessas de investimentos que garantiam 3% de retorno ao mês — um valor bem acima da taxa Selic, que atualmente fica na casa de 1% ao mês. A ideia parecia irresistível para muitas pessoas, que acabaram investindo valores altos, ultrapassando até R$ 1 milhão.
Porém, muitos clientes começaram a enfrentar dificuldades para sacar seus investimentos ou acessar as aplicações, o que gerou desconfiança e frustração.
Conexões com outros crimes
Os sócios do golpe, Eduardo Votroba e João Vítor Cobaiashi, começaram a se afastar dos clientes e restringir atendimentos no escritório do Futuree Bank. Essa mudança alarmou as vítimas.
E não parou por aí: outros indivíduos envolvidos no esquema também têm passagens por crimes. Um funcionário do banco, Luciano Lemes, foi investigado pela Polícia Federal em uma operação que apurava a venda de créditos tributários falsos.
A operação Mors Futuri, da PF, segue em andamento. Recentemente, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Curitiba e R$ 66 milhões em bens e ativos foram bloqueados, incluindo imóveis e carros de luxo.
Nota da Polícia Militar
Para esclarecer a situação, a Polícia Militar de Santa Catarina divulgou uma nota informando sobre a detenção dos PMs. Eles foram presos durante o atendimento de uma ocorrência e a Justiça determinou a manutenção da prisão até que tudo seja esclarecido.
As investigações seguem com atenção da polícia e do público, que espera ver justiça nesse caso envolto em tantas complexidades e desdobramentos impactantes.



