Na manhã desta sexta-feira, um sargento da Polícia Militar, Kelvyton de Oliveira Vale, de 48 anos, morreu durante uma operação no Morro do Trem, localizado no Conjunto do Ipase, na Vila Kosmos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O militar foi socorrido por seus colegas e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos e chegou à unidade já sem vida. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML).
O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, lamentou a perda. Em um comunicado, ele destacou que a corporação perdeu um homem de coragem, dedicado à proteção da sociedade e disposto a arriscar a própria vida. Ele expressou suas condolências à família, amigos e colegas do sargento.
Kelvyton tinha uma longa trajetória na Polícia Militar, atuando por 24 anos. Ele deixa um filho. Em um post nas redes sociais datado de 5 de maio, o sargento compartilhou uma imagem com um curativo no pescoço, informando que havia sido ferido por estilhaços. Na legenda, ele comentou que essa marca seria a décima cicatriz decorrente de tiros, mas reafirmou sua determinação em continuar no trabalho.
A operação em que Kelvyton participava tinha o objetivo de combater a atuação de uma quadrilha na região. As forças policiais buscavam recuperar veículos roubados e clonados, cumprir mandados de prisão e remover barricadas montadas por criminosos.
Kelvyton também ficou conhecido em 2020, quando ajudou a resgatar um colega de farda, o cabo Marco Antônio Matheus Maia, que havia sido baleado durante um confronto na Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Naquela ocasião, o sargento carregou o cabo às costas até a segurança para que pudesse receber assistência. O cabo Maia faleceu em dezembro de 2024.
A morte de Kelvyton evidencia os riscos enfrentados por policiais em serviço, especialmente em áreas com alta incidência de criminalidade.
