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Namorado é acusado de feminicídio de adolescente em Itajaí

A tragédia envolvendo a jovem Maria Gabriella Nunes, de apenas 14 anos, chocou a cidade de Itajaí e deixou muitas pessoas em luto. Recentemente, o corpo dela foi encontrado às margens do rio Itajaí-Açu, em uma cena que despertou uma onda de tristeza e revolta entre os moradores da região. O namorado de 23 anos, apontado como principal suspeito do crime, está passando pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (10).

O caso, que gerou muita repercussão, é tratado como feminicídio, um crime qualificado que infere a morte da mulher em circunstâncias de extrema crueldade. A acusação inclui não só o ato de matar, mas também o esforço de ocultar o corpo da jovem. O juiz responsável pelo julgamento, Eduardo Veiga Vidal, está em Itajaí acompanhando de perto todos os desdobramentos do caso. Durante o julgamento, familiares e amigos de Maria Gabriella se reuniram com camisetas e cartazes, clamando por justiça.

### Relembrando a Tragédia de Maria Gabriella

Maria Gabriella foi encontrada morta no dia 12 de fevereiro, e a notícia pegou a todos de surpresa. Seu corpo apareceu três dias após o crime, numa situação que deixou a comunidade perplexa. O namorado, que está detido no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, é investigado por motivos que envolvem ciúmes e a insatisfação dele com o desejo de Maria de terminar o relacionamento.

As investigações apontaram que o jovem já havia demonstrado comportamentos de violência psicológica, controlando ações da adolescente e a ridicularizando em diversas situações. Isso é um retrato alarmante do que muitas meninas enfrentam em relacionamentos abusivos, algo que não pode ser ignorado.

### Um Crime de Extrema Violência

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, o crime foi brutal. Maria Gabriella foi assassinada com várias facadas no pescoço e nas costas, um ato que realmente não deixou espaço para qualquer defesa da jovem. A violência dessa natureza é um indicativo de que o crime vai além do que muitos podem imaginar.

Além disso, o MPSC solicitou uma indenização de, pelo menos, R$ 50 mil aos familiares de Maria, algo que, embora não traga a jovem de volta, serve como um reconhecimento da dor e do sofrimento que essa perda acarretou. A acusação está embasada em testemunhos que incluem pessoas próximas de Maria, além das autoridades envolvidas na investigação.

Todos esses detalhes nos mostram como a luta por justiça precisa ser contínua e dolorosa, mas é fundamental que a voz de Maria Gabriella, e de tantas outras, seja ouvida e respeitada.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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