Mercados sob pressão com dólar, Ibovespa e Bitcoin em foco
Mercados Globais: Início de Semana de Expectativas e Movimentos
Os mercados financeiros globais enfrentam uma fase de definição no início desta semana, com ativos vibrando em áreas cruciais que podem influenciar o desempenho no curto prazo. No contexto nacional, o índice Ibovespa busca consolidar a recuperação iniciada após atingir um suporte significativo. Por outro lado, o dólar futuro está experimentando uma leve alta, embora tenha registrado a mínima do ano recentemente e permaneça em uma tendência de baixa.
No cenário internacional, os índices da bolsa de valores dos Estados Unidos, como Nasdaq e S&P 500, estão próximos de suas máximas históricas, impulsionados pelo bom desempenho das grandes empresas de tecnologia. Contudo, esses índices já enfrentam resistências que podem testar a força dos compradores neste momento.
Em relação às criptomoedas, o Bitcoin continua em um território positivo ao longo do ano. A proximidade entre os níveis de suporte e resistência nos principais mercados gera expectativas para as negociações dos próximos dias, com investidores exercendo uma escolha mais criteriosa e observando cuidadosamente os sinais técnicos que podem acelerar ou inverter as tendências atuais.
Análise do Ibovespa
O Ibovespa começou a mostrar sinais de recuperação após encontrar suporte em 131.550 pontos, interrompendo uma sequência de queda que teve início após alcançar a máxima histórica de 141.563 pontos. Nos últimos dias, o índice operou acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, e o Índice de Força Relativa (IFR) se encontra em 53,93, um nível que indica uma posição neutra e sugere a possibilidade de continuidade na alta.
Para manter essa tendência positiva, o índice precisa superar a máxima da semana anterior, que está na faixa de 137.000 pontos e também quebrar as resistências em torno de 139.565 pontos. Se isso acontecer, os próximos alvos podem ser 140.380 pontos, no topo histórico, e, caso haja maior volume de compras, 141.960, 143.425 e 145.000 pontos.
Por outro lado, se o índice perder o suporte entre 135.658 e 134.264 pontos e as médias móveis, isso pode resultar em uma reversão no movimento de alta, apontando para 131.550 pontos e, eventualmente, 130.255 (a média de 200 períodos) e suportes mais distantes em 127.680 e 122.530 pontos.
Análise do Dólar
O contrato futuro de dólar segue uma tendência de baixa desde o final de 2024, tendo tocado a resistência em 6.656,5 pontos e acumulado uma queda de 15,91% em 2025. Na última sessão, o dólar teve um leve aumento de 0,26%, encerrando em 5.462 pontos, após atingir a mínima do ano em 5.445 pontos. O ativo continua abaixo das médias móveis, mas a recuperação não pode ser descartada.
Para que o dólar retome a alta, ele precisará romper a resistência entre 5.473,5 e 5.509 pontos, mirando níveis em 5.573, 5.590 e, mais adiante, 5.675 e 5.701 pontos. Se o suporte entre 5.445 e 5.410 pontos for perdido, a pressão vendedora pode aumentar, trazendo os preços para 5.351,5 a 5.284, e no longo prazo para 5.250 e 5.181 pontos.
Análise das Índices Internacionais
A Nasdaq continua sua forte recuperação desde a mínima de 2025, em 16.542 pontos, atingindo um novo topo histórico em 23.611 pontos. Em agosto, o índice avançou 1,69%, com um crescimento total de 12,37% no ano, apoiado pela performance das grandes empresas de tecnologia. No gráfico diário, a Nasdaq está acima das médias móveis e apresenta uma tendência de alta.
Para manter o movimento positivo, será necessário romper novamente o topo histórico, visando níveis em 23.755 a 24.000 pontos e, eventualmente, 24.215 pontos. Caso enfrente dificuldades, a quebra do intervalo entre 23.280 e 22.972 pontos pode resultar em quedas até áreas em 22.675/22.222 e, em um cenário mais desfavorável, 22.041/21.472 pontos.
O S&P 500 também apresenta um padrão de alta após atingir a mínima do ano em 4.835 pontos. Atualmente, o índice está próximo ao topo histórico de 6.427 pontos, com uma alta de 0,79% em agosto e 8,63% até agora no ano. O gráfico diário mostra que o índice se mantém acima das médias móveis.
Para continuar a trajetória ascendente, o S&P 500 precisa superar seu topo histórico para alcançar 6.483 e a faixa de 6.560 a 6.600 pontos. Um enfraquecimento poderia resultar na perda do suporte entre 6.296 e 6.201 pontos, abrindo caminho para quedas adicionais até 6.147/6.059 e, no longo prazo, 5.943/5.843 pontos.
Análise do Bitcoin
O Bitcoin teve uma correção desde que atingiu sua máxima histórica de US$ 123.218, após um aumento significativo desde a mínima do ano em US$ 74.508. Apesar do recuo atual, a criptomoeda mantém uma alta de 0,71% em agosto e mais de 24% em 2025. Neste momento, o Bitcoin negocia entre as médias móveis, indicando uma fase de indefinição no curto prazo.
Para retomar uma tendência positiva, será necessário romper as resistências em US$ 119.955 e US$ 123.218, visando US$ 123.800 e US$ 125.090 a US$ 126.685. Se a criptomoeda perder o suporte entre US$ 111.980 e US$ 107.430, a queda pode se intensificar em direção a US$ 105.100 e US$ 100.000, com possíveis alvos em US$ 97.895 e US$ 92.800.
IFR – Índice de Força Relativa
O Índice de Força Relativa (IFR), que varia de 0 a 100, é um dos indicadores mais utilizados na análise técnica. Comumente, usando um período de 14, uma leitura abaixo de 30 indica oportunidades de compra, enquanto acima de 70 sugere sobrecompra e possibilidade de correção. O IFR também permite a aplicação de outras técnicas, como suportes e resistências.
Ao longo deste período de incertezas nos mercados, o acompanhamento dos indicadores e as movimentações dos ativos tornam-se fundamentais para prever os próximos passos dos investidores.