Cinco torcedores do Santos foram detidos após uma briga violenta com torcedores do Internacional na BR-101, em Itapema. A Justiça de Santa Catarina decidiu converter a prisão em flagrante deles para prisão preventiva durante uma audiência realizada nesta sexta-feira (5).
De acordo com o delegado Aden Claus Ceber Pereira, que cuida da investigação, os torcedores foram autuados por roubo em grupo e uso de arma de fogo. Eles foram pegos com objetos que pertenciam à torcida adversária. As vítimas relataram que viram um torcedor do Santos armado, e a perícia encontrou um projétil no teto do ônibus do Internacional.
A situação chamou a atenção da Polícia Civil, que agora investiga a possibilidade de tentativa de homicídio e formação de quadrilha, dada a gravidade do caso e o planejamento que parece ter havido no ataque. O delegado fez questão de enfatizar o impacto negativo que esses confrontos trazem, lembrando que o esporte deveria ser um espaço de confraternização e não de violência.
Investigação em andamento
O delegado mencionou que as investigações apontam para o planejamento do ataque. Relatos indicam que dois veículos teriam diminuído a velocidade na frente do ônibus do Internacional, forçando-o a parar e facilitando a emboscada. As testemunhas afirmaram que esses carros estavam constantemente freados até que o ônibus parasse. Assim que isso aconteceu, os torcedores do Santos invadiram o veículo, gerando um cenário de terror.
A Polícia Civil já está analisando imagens de redes sociais e vídeos de testemunhas para entender melhor o que ocorreu. Outro ponto que está sendo investigado é a possibilidade de que alguns torcedores tenham fugido pela cidade após a confusão, dificultando a identificação deles.
No dia da briga, na manhã de quinta-feira (4), a BR-101 ficou parcialmente interditada e formou filas de até 7 km. O incidente mobilizou uma grande operação que contou com a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar, o Bope, a Polícia de Choque, a Guarda Municipal de Itapema e até um helicóptero.
As investigações não param por aqui. A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas e coletando provas para concluir o inquérito, e novas prisões não estão descartadas. Essa situação, sem dúvida, mexeu com a comunidade e trouxe à tona a necessidade urgente de repensar a forma como a paixão pelo futebol se manifesta nas arquibancadas e nas ruas.
