Em 2024, o Creci-SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina) fiscalizou 4.514 pessoas em Itapema, que é uma das cidades mais importantes do mercado imobiliário brasileiro. Esse número reflete uma preocupação crescente com a regularidade e a segurança dos negócios na região.
Após a Operação Black Flow, que revelou uma fraude de R$ 90 milhões, o Creci-SC intensificou suas ações. As investigações apontaram que, desde 2022, o conselho e o Ministério Público têm trocado informações para monitorar incorporadoras, inclusive uma que estava envolvida nesse esquema fraudulento. Ao longo desses anos, foram registrados mais de 433 casos de profissionais atuando sem credencial na cidade, acionando o Ministérios Público ou regularizando sua situação como corretores.
Esse tipo de fiscalização busca proteger o consumidor e assegurar a qualidade do mercado. Gabriel Carrara, presidente em exercício do Creci-SC, ressaltou a importância de punir rigorosamente quem age ilegalmente, colocando a economia das pessoas e a confiança do mercado em risco.
Operação Black Flow: focando nas fraudes
A Operação Black Flow, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), deu um passo importante na luta contra organização criminosa em Itapema. Em um dia de ação, 28 mandados de busca e apreensão e quatro prisões foram realizadas.
As investigações trouxeram à tona práticas ilegais que envolviam uma rede de empresários vendendo imóveis sem seguir as regras básicas, como o registro necessário. Muitos consumidores acabaram se tornando vítimas, enfrentando atrasos nas obras e desvio de recursos que deveriam ser utilizados nas construções.
As ações não se limitaram a Itapema. Mandados foram cumpridos em cidades como Porto Belo e até em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, mostrando a dimensão do problema. Os danos causados pelo esquema podem ter afetado um número expressivo de pessoas, incluindo compradores e corretores, totalizando quase R$ 90 milhões em movimentações questionáveis.
Alerta do Sinduscon
O Sinduscon Grande Florianópolis também se manifestou a respeito do assunto. Eles emitiram uma nota destacando a importância de ter cautela ao lidar com propostas que parecem muito vantajosas. O sindicato lembra que apenas empreendimentos devidamente registrados no cartório e com a correta incorporação são seguros para quem deseja comprar ou investir.
O Sinduscon tem chamado a atenção para esses problemas há tempos. Eles reafirmam seu compromisso em orientar a população e atuar junto às autoridades para garantir um mercado imobiliário ético e transparente. Afinal, a confiança dos consumidores é fundamental para o desenvolvimento urbano e econômico da região.
