Itajaí tem quatro registros de agressões contra médicos
O clima nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cordeiros tem ficado tenso. Na manhã de quarta-feira (20), mais um caso de agressão verbal contra um médico aconteceu. O profissional foi ofendido por uma paciente após não conseguir atender a pedido dela para um atestado.
De acordo com a unidade, o médico analisou os exames de raio-x apresentados e verificou que não havia justificativa para o documento. Após as ofensas, a paciente foi retirada do local, enquanto o médico registrou um boletim de ocorrência. Situações como essa têm se tornado cada vez mais comuns e preocupantes.
Botão do pânico após agressões contra médicos
Recentemente, a mesma UPA já havia enfrentado casos parecidos de violência. Por conta disso, a Secretaria de Saúde decidiu que era hora de agir. Eles estão planeando contratar mais vigilantes para aumentar a segurança nas unidades.
Além disso, botões do pânico serão instalados e a Polícia Militar fará rondas regulares nessas unidades. A secretaria também está buscando formas de fornecer suporte psicológico para os profissionais, ajudando-os a lidar com as experiências difíceis.
“A situação gerou medo entre nossos servidores. Muitos estão trocando horários, principalmente as mulheres, receosas de trabalhar à noite,” revelou a Secretária de Saúde, Mylene Lavado. Ela reforçou que a Secretaria não vai tolerar mais ações agressivas contra os profissionais de saúde.
Mylene também comentou sobre a possibilidade de criar saídas de emergência nos pontos de atendimento. “Nosso objetivo é garantir que quem cuida da população se sinta seguro e respeitado,” concluiu, ressaltando a importância de um ambiente de trabalho saudável.
O que diz a lei?
É importante lembrar que agredir profissionais de saúde é crime. Segundo o artigo 129 do Código Penal, a lesão corporal pode resultar em penas que variam de 3 meses a 1 ano, dependendo da gravidade do caso. E não para por aí: ameaçar ou desacatar um profissional em serviço também pode ser punido com penas de 6 meses a 2 anos, especialmente se acontecer em locais públicos.