Funcionários de uma rede de hotéis em Balneário Camboriú estão no centro de uma investigação por desvio de milhões de reais. Na manhã desta quinta-feira, 30, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, o Gaeco, lançou uma operação para coletar mais provas sobre o caso.
De acordo com as investigações da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário, a suspeita é de que os funcionários estivessem emitindo notas fiscais frias. O objetivo? Realizar desvios em conluio com empresários e prestadores de serviços. Esse tipo de manobra não é novidade, mas o que chamou a atenção aqui foi a escala do esquema.
### Como tudo funcionava
Os envolvidos, segundo o Gaeco, se organizavam para realizar pagamentos sem a devida contraprestação de serviços. A ideia era fracionar os repasses entre os participantes do esquema. Além disso, há indícios de que prestadores de serviços e empresários estavam colaborando ativamente. Uma verdadeira rede com o intuito de se beneficiar às custas da empresa, utilizando notas superfaturadas e falsas.
A investigação gira em torno de crimes como estelionato e associação criminosa. O esforço é para desmantelar esse tipo de prática, que pode ter se espalhado para outras redes de hotéis na região.
### O que foi apreendido?
Durante as buscas, que aconteceram em várias cidades como Balneário Camboriú, Camboriú, Chapecó, São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, e até em Jacarezinho, no Paraná, foram executados oito mandados de busca e apreensão. Os materiais coletados foram enviados à Polícia Científica para análise. Esses laudos serão fundamentais para o Gaeco continuar aprofundando a investigação e descobrir se mais pessoas estão envolvidas.
As operações incluem medidas como sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias, que podem chegar a um montante total de mais de R$ 2 milhões. O propósito é enfraquecer ainda mais essa rede criminosa e garantir que os responsáveis respondam por seus atos.
Essa situação parece um enredo de filme, não? Mas acontece bem aqui no nosso Vale do Itajaí, mostrando que, mesmo em um cenário turístico como Balneário, os problemas podem surgir.
