A Fragata “Tamandaré” (F200), que é o navio de guerra mais moderno do Brasil, começou uma nova fase de testes no mar em dezembro. Esta embarcação saiu do Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí, no dia 3, levando a bordo militares e civis para realizar avaliações técnicas antes da sua entrega oficial à Marinha do Brasil.
Esses testes fazem parte do Programa Fragatas Classe “Tamandaré” (PFCT), que está inserido no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A expectativa é que a F200 comece a operar em 2026, servindo diretamente aos interesses estratégicos do nosso país.
Testes de combate e tecnologia embarcada
Desde agosto, a Fragata Tamandaré passa por rigorosos testes no mar. Nessa fase, os sistemas de combate estão sendo avaliados para garantir que tudo funcione de forma integrada e eficiente. O Capitão de Fragata Gustavo Cabral Thomé, futuro comandante da F200, ressaltou a importância desse momento, assegurando que os sensores e armamentos estão operando sem problemas.
Fernando Queiroz, CEO da Águas Azuis, comentou que a embarcação está testando o Combat Management System (CMS). Este sistema é crucial, pois gerencia todas as informações necessárias para as operações do navio, garantindo que a equipe tenha as informações certas na hora certa.
A tecnologia usada na Fragata é realmente avançada. Com sensores modernos, radares de vigilância aérea e facial, sonar de casco, além de sistemas eletro-ópticos e infravermelhos, a embarcação se destaca. Ela também segue os padrões da OTAN, o que a torna compatível com forças navais de outros países.
Capacitação e modernização da frota
A Fragata Tamandaré vem com uma série de recursos que a diferenciam. Ela é equipada com mísseis antinavio e antiaéreos, torpedos e pode operar aeronaves com seu hangar e convés de voo.
Desde janeiro de 2024, 154 militares da tripulação passaram por treinamentos técnicos e operacionais. Parte deles já está diretamente envolvida nos testes em Itajaí. O Capitão Thomé afirmou ser uma grande honra e responsabilidade comandar a primeira fragata dessa classe.
O PFCT é um dos maiores programas de construção naval do país, destacando-se pela alta participação de empresas brasileiras e transferência de tecnologia. Atualmente, mais de mil companhias estão envolvidas no projeto, fortalecendo a expertise nacional na construção de navios de defesa.
Outras três fragatas estão em diferentes estágios de produção no Estaleiro Brasil Sul. A “Jerônimo de Albuquerque” (F201) já está na água, enquanto a “Cunha Moreira” (F202) tem seu casco quase finalizado. O quarto navio está com materiais em fase de entrega. Queiroz expressou sua empolgação ao ver todos os quatro navios sendo construídos simultaneamente, o que é realmente histórico para a indústria naval catarinense.
