Figma define preço de IPO em $33, acima do esperado
A Figma, empresa de software de design, realizou sua estreia na bolsa de valores nesta quinta-feira, 9 de maio de 2024, com o preço das ações sendo fixado em US$ 33 cada, superando a faixa prevista. A companhia, que será negociada na Bolsa de Nova York com o símbolo “FIG”, arrecadou US$ 1,2 bilhão, sendo que a maior parte desse valor será destinada a acionistas existentes.
A oferta pública inicial (IPO) ocorre em um momento em que o mercado de tecnologia começa a se reaquecer para novas ofertas, após um período de incertezas. Recentemente, empresas como a Circle, que emite stablecoins, e a fornecedora de infraestrutura em inteligência artificial CoreWeave, apresentaram um desempenho positivo após suas estreias. Outras organizações, como a empresa de bancos online Chime e as empresas de saúde Hinge Health e Omada Health também conseguiram acessar o mercado com êxito.
Com a oferta, a Figma foi avaliada em US$ 19,3 bilhões. Em 2023, a empresa havia anunciado que seria adquirida pela Adobe por US$ 20 bilhões, mas a negociação foi cancelada devido a objeções regulatórias. Como resultado, a Adobe pagou uma taxa de rescisão de US$ 1 bilhão à Figma.
Na segunda-feira, a faixa de preço esperada estava entre US$ 30 e US$ 32 por ação. A Figma foi fundada em 2012 por Dylan Field e Evan Wallace e possui sede em San Francisco, além de escritórios na França, Alemanha, Japão, Cingapura e Reino Unido.
Os números de receita da Figma mostram crescimento: no último trimestre, a companhia registrou uma receita entre US$ 247 milhões e US$ 250 milhões, um aumento em relação aos US$ 177,2 milhões do mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 40%. Em termos de lucros, a empresa espera um resultado que varia entre um prejuízo operacional de até US$ 500 mil e um lucro de US$ 2,5 milhões, comparado a uma perda de US$ 894,3 milhões no ano anterior, devido principalmente a custos relacionados a compensação em ações.
No trimestre de março, a receita cresceu 46%, alcançando US$ 228,2 milhões, enquanto o lucro líquido triplicou, chegando a US$ 44,9 milhões.
Dylan Field, cofundador e CEO, é o maior acionista individual da Figma, detendo 56,6 milhões de ações e controle de voto sobre outras 26,7 milhões. A Index Ventures é a principal instituição acionista, com 65,9 milhões de ações (17% do total). Outras grandes empresas investidoras incluem Greylock, Kleiner Perkins e Sequoia Capital, que também venderão parte de suas participações na oferta pública inicial.