Itajaí e Região

Família comenta sobre a morte de velejador em SC

O velejador David Reiser, de 39 anos, tinha um bom conhecimento de esportes aquáticos e, segundo a família, sempre utilizava equipamentos de segurança. Infelizmente, no último sábado (6), David foi encontrado morto no mar de Penha, e agora sua família compartilha a dor e as memórias que ele deixou.

Antes da tragédia, ele gravou um vídeo em sua embarcação em alto mar, onde questionava a resistência do barco: “Vamos ver se esse barco aguenta o tranco”. O relato traz à tona não apenas a experiência dele como velejador, mas também um vislumbre dos últimos momentos.

Experiência e amor pelo mar

O corpo de David foi localizado a cerca de 1 km da praia de São Miguel, depois de uma hora de buscas pela embarcação e mais 15 minutos para encontrar o velejador. Seus pais, em entrevistas, fizeram questão de ressaltar a habilidade e o cuidado que David sempre demonstrou em suas aventuras no mar. A mãe, Fátima, ressaltou que ele era uma pessoa responsável e valorizava sua segurança.

A ligação de David com o mar era intensa. Além de velejar, ele também surfava, mergulhava e até atuou como guarda-vidas, participando de resgates. Seu pai, André, o descreve como alguém que tinha uma energia contagiante e que deixará saudades profundas.

David deixa uma esposa, Roberta Specht, e uma filha de 9 anos, Isis. Roberta falou sobre como ele era um “pai maravilhoso”, sempre levando Isis para velejar e participar das aventuras. A falta que ele fará em suas vidas é imensurável.

Investigação em andamento

Após o ocorrido, a Marinha do Brasil, através da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, iniciou um inquérito administrativo para entender melhor as circunstâncias do acidente. Embora ainda não tenham detalhes sobre o percurso de David, essa investigação será encaminhada ao Tribunal Marítimo, que julga casos relacionados à navegação em todo o país.

Em meio à tristeza, fica a memória de um homem que viveu intensamente sua paixão pelo mar, algo que, com certeza, ressoará nas lembranças de quem o conhecia.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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