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Explosão no PR: vítimas estavam começando novo turno

Na terça-feira, uma explosão na fábrica da Enaex, localizada em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, resultou na morte de nove pessoas. Imagens de câmeras de segurança mostraram que o acidente ocorreu durante a troca de turno, quando os colaboradores estavam se preparando para o trabalho.

Segundo a delegada Gessica Andrade, responsável pela investigação, os funcionários já tinham colocado seus equipamentos de segurança e estavam se reunindo para fazer uma prece no momento da explosão. As imagens indicam que eles não estavam manipulando explosivos quando o acidente aconteceu.

Além das vítimas fatais, outras sete pessoas sofreram ferimentos leves e foram atendidas por equipes médicas imediatamente após o incidente.

Na manhã seguinte, a delegada informou que os funcionários da fábrica seriam ouvidos para esclarecer como era realizada a rotina de trabalho, incluindo a quantidade de substâncias manipuladas diariamente e as responsabilidades de cada pessoa na fábrica. Ela também anunciou que um relatório técnico seria solicitado à empresa para identificar possíveis causas da explosão.

A área afetada, com cerca de 25 metros quadrados, era destinada à produção de boosters, dispositivos usados para iniciar explosões. A Enaex Brasil se manifestou oficialmente, expressando condolências pela perda dos colaboradores e oferecendo apoio às famílias. A empresa também informou que suas equipes estão colaborando com especialistas independentes para auxiliar nas investigações.

A Enaex afirmou que, devido à complexidade do relatório técnico sobre o acidente, a conclusão pode levar algumas semanas. Enquanto isso, o acesso ao local permanece restrito a pessoas autorizadas, visando preservar informações e evitar novos riscos, conforme as normativas de segurança para a produção de explosivos no país. As gravações das câmeras de segurança foram entregues às autoridades para análise.

O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, elogiou a colaboração da empresa, destacando que a brigada da fábrica foi fundamental no resfriamento da área após a explosão. Ele destacou que o isolamento do local e o atendimento às vítimas contaram com a ajuda da brigada, além da atuação do esquadrão Antibombas da Polícia Militar, que garantiu um espaço seguro para as buscas e ações de resgate.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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