Navegantes

Diferenças nas obras de São Paulo e Santa Catarina

O Brasil está de olho no futuro com os novos projetos de túneis subaquáticos que prometem mudar a forma como nos conectamos. Entre as propostas mais empolgantes estão as que ligam Santos a Guarujá, no litoral paulista, e um túnel imerso que deve unir Itajaí a Navegantes, em Santa Catarina.

O túnel que está sendo planejado em São Paulo já tem um vencedor para a construção e visa dar um salto na mobilidade urbana. Por outro lado, o projeto catarinense se destaca pela tecnologia inovadora, inspirada em obras grandiosas da Europa.

## Como serão os túneis subaquáticos em SP e SC

### Santos-Guarujá: rapidez na travessia

O túnel entre Santos e Guarujá promete transformar a viagem na Baixada Santista. A ideia é diminuir o tempo de travessia, que hoje leva mais de uma hora usando balsas, para apenas 5 minutos. Esse é um verdadeiro alívio para quem precisa fazer esse trajeto com frequência.

Com 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos sob o canal do porto, o projeto deve ter um investimento aproximado de R$ 6,8 bilhões. E a boa notícia é que a licença ambiental prévia já está garantida.

A obra será multimodal, com três faixas por sentido, uma delas para VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), além de espaços para pedestres e ciclistas. O método de construção vai utilizar peças de concreto pré-moldadas, bem comum na Europa e na Ásia. O contrato prevê 30 anos de operação e manutenção.

### Túnel Itajaí-Navegantes: tecnologia de ponta

Falando em inovação, o túnel entre Itajaí e Navegantes é parte do programa Promobis. A tecnologia utilizada é a mesma que vai ser aplicada no túnel entre Santos e Guarujá e também inspirada em estruturas na Europa, como um túnel entre a Dinamarca e a Alemanha.

A escolha por um túnel subaquático foi estratégica. Pontes seriam muito altas e atrapalhariam a operação do Aeroporto Internacional de Navegantes. A construção será mais simples, usando o leito do rio e evitando escavações profundas.

Esse túnel terá três células: uma para o BRT (Bus Rapid Transit) e duas para veículos. E não para por aí, também contará com um espaço para pedestres e ciclistas.

O projeto já garante um suporte de US$ 90 milhões do Banco Mundial, além de US$ 30 milhões dos municípios envolvidos. É histórico, pois é o primeiro empréstimo que o Banco Central deu a um consórcio de municípios no mundo.

A expectativa é que as obras comecem por volta de 2028 e sejam finalizadas até 2032. Sem dúvida, essas melhorias na infraestrutura vão impactar na rotina e na mobilidade de todos.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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