Dados do Pix de 11 milhões de pessoas são vazados, mas contas seguras
O Banco Central anunciou, nesta quarta-feira, que houve acessos não autorizados a informações ligadas a chaves Pix no Sisbajud, sistema gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse incidente aconteceu entre os dias 20 e 21 de outubro e resultou no vazamento de dados de mais de 11 milhões de pessoas.
Os dados expostos incluem informações como nome, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta. Embora essas informações sejam consideradas cadastrais e não permitam o acesso a contas ou a movimentações financeiras, o Banco Central destacou que outros dados mais sensíveis, como senhas e saldos, não foram afetados.
Este é o maior registro de incidentes relacionados ao Pix desde que o sistema foi lançado, sendo o 21º caso reportado pelo Banco Central. Desde o início do uso do Pix, um total de mais de 1 milhão de dados já foram vazados em casos anteriores.
O Banco Central informou que está tomando as medidas necessárias para investigar o ocorrido. Apesar de não ser uma exigência legal, a instituição decidiu comunicar a população sobre o vazamento, reafirmando seu compromisso com a transparência.
Após o incidente, a Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram acionadas pelo CNJ, que também informou ter implementado medidas de segurança para proteger os usuários afetados.
Embora os dados vazados não possibilitem o acesso direto a contas bancárias, o CNJ alertou que o vazamento de informações cadastrais ainda representa riscos à segurança dos consumidores. A entidade destacou a importância de os bancos continuarem a enviar orientações sobre como os usuários podem se proteger.
O CNJ também enfatizou que não utiliza canais diretos, como mensagens ou chamadas, para se comunicar com os usuários afetados. Para oferecer mais suporte, será disponibilizado um canal exclusivo para consultas ao cidadão, que será anunciado no site oficial do Conselho.