Congresso: o país precisa de sua coragem neste momento
Quem defenderá a nossa democracia? Essa pergunta, que já é desafiadora em tempos pacíficos, se torna ainda mais urgente com a aproximação dos 250 anos de história do país. A cada dia, as liberdades essenciais, como a liberdade de expressão e o devido processo legal, enfrentam novas ameaças. O sistema jurídico, que foi cuidadosamente construído ao longo dos anos, está sob constante pressão. Recentemente, as forças armadas foram mobilizadas contra manifestantes pacíficos, demonstrando a gravidade da situação em que nos encontramos, próximos de uma possível transição para um regime autoritário.
Diante deste cenário, há um apelo para que os legisladores permaneçam inertes. Neste momento crítico, a falta de ação dos representantes do povo é vista como uma forma de preservar seus próprios interesses, ignorando as preocupações da população sobre o que está acontecendo com a democracia.
A república é um bem precioso, legado de gerações de cidadãos, obtida através de lutas difíceis e que pode ser facilmente perdida se aqueles que ocupam os cargos de poder não tiverem coragem. Os pais fundadores do país sabiam que a descida a um governo opressor poderia ocorrer com a omissão de homens e mulheres sem coragem em posições influentes, e parece que chegamos a esse ponto.
Agora não é hora para bravura! É hora de proteger os próprios interesses e evitar conflitos. As vozes da população, que clamam por justiça e democracia, devem ser ignoradas em favor de beneficiamentos pessoais. O foco deve ser em garantir conforto e segurança própria, enquanto se ignora a crescente apatia diante da situação.
Você pode se perguntar: "O que eu, sozinho, posso fazer?" É verdade que a ação individual pode parecer insignificante. No entanto, se se unirem ao grupo de legisladores que escolhem a inação, o impacto será maior. A corrupção, a falta de respeito pelo Estado de Direito e a repressão a qualquer forma de dissentimento podem ser ampliadas, caso a inércia prevaleça.
Buscar dentro de si a falta de coragem pode ser desafiador, mas é um caminho que muitos legisladores já escolheram. O objetivo é evitar conflitos, e muitos podem se sentir até confortáveis em sua fraqueza, pois o dinheiro e os benefícios pessoais tornam-se prioridades.
Na história dos Estados Unidos, já houve muitas vezes em que legisladores optaram pela inação. Exemplo disso foram os períodos sombrios, como a internação de americanos de origem japonesa e as perseguições na era McCarthy, onde a omissão era vista como o caminho mais fácil. Esses momentos servem como aviso do que ocorre quando se negligencia a responsabilidade.
Contudo, nem todos os cidadãos eram destituídos de coragem. Agora, é a chance de retomar essa bravura. Com a chegada do Dia da Independência, a mensagem é clara: ao invés de celebrar os símbolos de liberdade, que tal reconhecer a necessidade de caras de entrega e submissão?
Que este seja um chamado à reflexão sobre nosso papel na defesa da democracia.