Itajaí e Região

Condenação de mulher por matar namorada a facadas em SC

Uma mulher foi condenada a 35 anos de prisão pelo crime de feminicídio, após matar sua namorada com facadas em março, em Itajaí. O assassinato foi violento, com a vítima recebendo múltiplas facadas na cabeça, pescoço e tórax. O motivo? Ciúmes.

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, não houve chance de defesa para a jovem, que morreu instantaneamente. A condenada está cumprindo pena no Presídio Feminino Regional de Itajaí. Essa sentença ganhou destaque, especialmente porque o crime ocorreu entre mulheres, conforme destacou a promotora de Justiça, Micaela Cristina Villain. Em suas palavras, a condenação casou com o mês de agosto, que é marcado pela campanha Agosto Lilás. Esse mês é uma iniciativa nacional que busca conscientizar sobre a violência contra a mulher e reforçar a importância da Lei Maria da Penha.

Relembre o caso de mulher que matou namorada

A vítima, uma jovem de 23 anos, namorava a agressora há apenas quatro meses. Na manhã do crime, a Polícia Militar foi chamada ao local, a Praia Brava, mas a situação era grave. O Samu já havia atestado a morte da jovem, que era natural de Porto Velho (RO).

A mulher acusada relatou que ambas passaram a noite consumindo cerveja e que tudo parecia tranquilo. No entanto, pela manhã, ela alegou que a namorada ficou ciumenta ao vê-la conversando com outra pessoa pelo celular. A versão dela incluía a informação de que a vítima teria quebrado o celular e a empurrado escada abaixo, o que a deixou com lesões no joelho. Segundo a suspeita, após a queda, ela se escondeu na casa de um vizinho. Quando voltou, encontrou a namorada esfaqueada.

Porém, essa narrativa não se sustentou. A mulher, que é natural de Maracanã (PA), foi presa em flagrante após apresentar várias contradições em seu depoimento. Os vizinhos disseram que ela chegou ao local afirmando que a namorada havia sido esfaqueada, o que levantou desconfianças sobre sua versão do ocorrido. Isso tudo traz à tona um tema preocupante, especialmente em Santa Catarina, onde casos assim refletem uma triste realidade nas relações contemporâneas.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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