Durante o lançamento da Fragata Jerônimo De Albuquerque, em Itajaí, Santa Catarina, o comandante da Marinha do Brasil, almirante Marcos Sampaio Olsen, comentou sobre o atual cenário geopolítico. Ele destacou que, com as mudanças nas esferas de influência e a crescente rivalidade entre potências, reforçar o poder naval é essencial. Não é à toa que o assunto gera discussões acaloradas e provocações entre nações.
Na sua fala, o almirante sublinhou a importância de atualizar as estruturas da Marinha. Ele mencionou a renovação da frota iniciada com o projeto da Classe Tamandaré, que traz quatro novas fragatas. Essa atualização, segundo ele, é fundamental para a defesa da soberania nacional.
O discurso também trouxe alertas sobre possíveis ameaças ao território brasileiro. Com um tom incisivo, Olsen comentou sobre a instabilidade no cenário internacional e as fragilidades das normas estabelecidas entre países. Isso tudo reflete a necessidade de uma postura firme.
Líderes políticos desferem recados no evento da Marinha
Após o pronunciamento do almirante, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez uma abordagem sobre a intenção do Brasil em exportar embarcações de guerra. Ele lembrou que, apenas no primeiro semestre, o Brasil já havia exportado US$ 2 bilhões em equipamentos de defesa. Enquanto isso, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o investimento de cerca de R$ 50 bilhões através do Novo PAC.
O que chama a atenção é que, embora o evento tenha o clima da Marinha em foco, os líderes políticos presentes pareceram evitar discussões sobre política internacional. A ênfase foi mesmo em reforçar os investimentos no setor, evidenciando a vontade de elevar a capacidade do Brasil na segurança marítima.
Os recursos do Novo PAC visam potencializar projetos em áreas como educação, ciência e tecnologia, sempre voltados para a defesa nacional. O governo federal planeja investir cerca de R$ 1,8 trilhão até 2026 em diversas frentes. Para se ter uma ideia, no ano passado, foram investidos aproximadamente R$ 711 bilhões em iniciativas desse programa.
E como não poderia deixar de ser, essas movimentações e estratégias têm tudo a ver com o contexto do Vale do Itajaí e sua importância na geopolítica brasileira.
