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Blumenau e a Vigilância Epidemiológica: Eliminar Caramujos no Quintal

Durante a temporada de chuvas intensas, é comum observar, nos quintais, o aparecimento de caramujos. Esses moluscos, que se reproduzem rapidamente e se alimentam das plantas, podem representar um desafio. A Secretaria de Saúde (Semus), por meio da Vigilância Epidemiológica (Vigep), oferece orientações valiosas para lidar com essa praga de forma mais eficiente.

Foto: Canva

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Principais Dicas para Controlar os Caramujos

O caramujo africano (Achatina fulica) entrou no Brasil na década de 1980, inicialmente no estado do Paraná, provavelmente por meio do comércio ilegal de animais exóticos. Esses caramujos são originários do leste e nordeste da África, e sua introdução no país foi acidental, já que são uma praga invasora.

Sua introdução ocorreu principalmente em razão do comércio ilegal de animais exóticos

Havia o propósito de uso em coleções ou até mesmo na medicina popular, a fim de que fossem utilizados para supostos fins terapêuticos. Esse comércio, muitas vezes não regulamentado, facilitou a chegada desses caramujos ao Brasil.

Eles são conhecidos por sua alta capacidade reprodutiva e por se adaptarem facilmente a diferentes ambientes, o que torna seu controle um desafio. A falta de predadores naturais e a capacidade de se alimentar de uma variedade de plantas contribuem para sua rápida proliferação.

Embora viessem do Paraná, a espécie se espalhou para outras regiões do país, principalmente em áreas tropicais e subtropicais, onde encontram condições favoráveis para seu desenvolvimento. Essa disseminação ocorreu pelo transporte humano, seja por meio de plantas, solo contaminado ou outros materiais.

Essa invasão tem gerado preocupações, principalmente em relação aos danos que o caramujo africano pode causar. Certamente, ele destrói plantações na agricultura e representa riscos para a saúde pública, por ser um hospedeiro de parasitas transmitidos para humanos e animais.

  • Realize uma limpeza rigorosa do quintal, removendo detritos como galhos, folhas e restos de madeira, que servem de fonte de alimento e esconderijo para os moluscos.
  • Faça a captura dos caramujos durante as primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, enquanto saem para se alimentar, utilizando luvas ou sacos plásticos para proteção.
  • Esmagar os caramujos capturados é a forma mais eficiente de controle, recomendada pela equipe da Vigilância Epidemiológica.

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Estratégias de Captura e Descarte

Blumenau enfrenta dois tipos de caramujos: o africano e o nativo, ambos sem predador natural. Eles são capazes de liberar centenas de ovos de uma vez e podem transmitir doenças por servirem como hospedeiros para vermes.

Ademais, além de esmagar os caramujos, é importante recolher os ovos parcialmente enterrados a fim de evitar a proliferação. Os caramujos e ovos devem ser cobertos com cal virgem e enterrados. Se não for possível, uma solução de água com cloro pode ser usada para eliminá-los.

O descarte deve ser consciente: ensacar os resíduos em sacos plásticos para lixo comum, quebrando as conchas para evitar acúmulo de água, um possível foco para a reprodução de mosquitos.

Alternativas para Eliminação

Água fervente e incineração também são opções viáveis, porém com total segurança, evitando riscos. Estas orientações, fornecidas pela Vigilância Epidemiológica, são fundamentais para controlar a proliferação de caramujos de forma segura e eficaz, preservando a saúde pública.

“Afinal, quando se trata de lidar com esses moluscos, é certamente importante seguir as orientações de segurança para um controle efetivo”, comenta o médico veterinário, José Volnei Oliveira de Ávila.

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