Bebê morre no útero e hospital é acusado em SC
Uma tragédia abalou uma família de Navegantes, em Santa Catarina, que esperava ansiosamente pela chegada do primeiro filho. Thauanny Beatriz Amancio da Silva Cardoso e seu marido relatarem uma experiência dolorosa e angustiante após a morte do bebê, Maitê, prestes a completar 41 semanas de gestação. Os pais acreditam que houve negligência por parte do Hospital Marieta, em Itajaí, onde buscaram ajuda.
A gestação de Thauanny até aquele momento parecia correr normalmente. Todo o pré-natal foi feito corretamente, incluindo as ultrassonografias, que indicavam que a pequena Maitê estava saudável. Porém, no dia 6, uma ultrassonografia apontou tudo em ordem, mas no sábado seguinte, Thauanny começou a sentir contrações. Ao procurar o hospital, foi informada de que não havia dilatação suficiente e, então, foi mandada de volta para casa.
A situação ficou preocupante no domingo, quando a mãe notou que a bebê não se movia mais. Eles foram para o hospital mais próximo em Navegantes, onde a morte de Maitê foi confirmada. Mesmo assim, a família decidiu retornar ao Marieta, que também corroborou a triste notícia.
Após a confirmação da morte, Thauanny passou por um processo de indução que durou mais de 12 horas, enfrentando dores intensas, mesmo recebendo morfina. A mãe expressou seu medo durante o procedimento, que, segundo ela, envolveu manobras forçadas para retirar o bebê.
O pai, Stênio Rangel Cardoso de Souza, descreveu seu horror ao ver a filha sendo retirada. Ele se recordou de como ao retirar o corpo, a bebê estava com a cabecinha deformada e ferimentos visíveis, o que deixou a família devastada. O casal se sentiu ainda mais angustiado ao perceber que o hospital se recusou a realizar uma cesárea no momento em que pediram.
“Ela não tá mais com a gente, não tá usufruindo de tudo que a gente preparou para ela. Isso aconteceu por uma falta de compromisso e de humanização”, lamentou Thauanny. A dor da perda é ainda mais difícil pela expectativa que tinham com a chegada da filha.
O Hospital Marieta, por sua vez, se manifestou através de uma nota oficial, informando que abriu uma sindicância interna para investigar o caso. A direção da instituição prometeu analisar tudo com total transparência, mantendo a dignidade e privacidade da família e de todos os envolvidos.
Prometeram também que, ao final da investigação, as devidas explicações seriam dadas a todos, reafirmando o compromisso do hospital com a qualidade e segurança no atendimento.