Balanço do Bradesco no 2º trimestre: expectativas e lições
A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 começou nesta quarta-feira, 30 de agosto, com a divulgação do balanço do Santander. As expectativas para o resultado não foram atendidas, causando instabilidade nas ações da instituição.
O Bradesco, que deve apresentar seu balanço após o fechamento do mercado nesta mesma data, é visto com otimismo por analistas. De acordo com o JP Morgan, o banco deve mostrar um sólido desempenho, com crescimento em seu retorno sobre patrimônio líquido (ROE) e expansão na carteira de crédito, contando com linhas de financiamento mais seguras e um controle rigoroso na qualidade dos ativos. O lucro estimado para o trimestre é de R$ 6 bilhões e o ROE ficaria em 14,5%.
O Goldman Sachs, apesar de preferir as ações do Itaú, também reconhece que o Bradesco deve se posicionar bem, com um lucro de R$ 6 bilhões, uma alta de 3% em relação ao trimestre anterior e de 28% em comparação ao ano passado. O ROE para o Bradesco seria de 14,4%.
A XP Investimentos espera que o Bradesco mantenha seu bom desempenho nos trimestres anteriores. Contudo, há a possibilidade de um leve aumento na taxa de inadimplência, que pode subir em cerca de 10 pontos base, elevando o custo do risco para 3,2%. Apesar disso, essa taxa ainda estaria dentro de um nível considerado saudável.
A projeção indica que o crescimento da carteira de crédito do Bradesco deve desacelerar ligeiramente, passando de um aumento de 12,9% no primeiro trimestre para 12% no segundo. Esse movimento está alinhado com a meta do banco, que é de um crescimento entre 4% e 8% até 2025.
No que diz respeito à margem financeira, a expectativa é de um crescimento robusto na margem financeira com clientes, impulsionada pela redução dos custos de captação. Porém, a margem financeira de mercado, que havia contribuído com R$ 462 milhões no primeiro trimestre, deve ficar em zero devido à pressão causada pelas altas taxas de juros. Mesmo assim, a margem financeira líquida, depois das provisões, deve ter uma melhoria sequencial, subindo de R$ 9,6 bilhões no primeiro trimestre para R$ 10,0 bilhões no segundo.
As projeções médias dos analistas para o Bradesco incluem um lucro líquido de R$ 5,945 bilhões, uma receita de R$ 32 bilhões e dividendos por ação projetados em R$ 0,31.