Aumento de mortes na BR-470 em SC, apesar de queda nos acidentes
O número de mortes na BR-470, uma das rodovias mais movimentadas de Santa Catarina, subiu de forma alarmante nos primeiros seis meses de 2025. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registradas 54 vidas perdidas nesse trecho, representando um aumento de 68% em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 32 mortes. Surpreendentemente, mesmo com uma queda no total de acidentes, a gravidade das colisões aumentou.
No primeiro semestre deste ano, os acidentes na rodovia caíram de 550 para 507 e o número de feridos também registrou queda, de 681 para 585. Isso indica que, embora as colisões tenham se tornado menos frequentes, quando acontecem, elas têm sido mais fatais. A BR-470 se estende por 356 quilômetros, ligando Navegantes, no Litoral Norte, a Campos Novos, no Meio-Oeste, passando por regiões essenciais para a economia local.
Principais causas de acidentes na BR-470
Entre as principais razões para os acidentes, estão:
– Falta de reação ou reação tardia do condutor: 120 casos
– Acesso à via sem observar a preferência: 87
– Ingestão de álcool: 36
– Trânsito na contramão: 34
– Velocidade inadequada: 31
Em 2024, o cenário era similar, mas incluía a falta de distância segura entre veículos como um dos principais problemas. Apesar das constantes fiscalizações e campanhas educativas, como o Maio Amarelo, a imprudência e a distração dos motoristas continuam a ser desafios sérios nas estradas.
Como reduzir mortes e acidentes na BR-470
A BR-470 se destaca entre as rodovias mais perigosas do Brasil, especialmente nos trechos sem duplicação e em áreas com intenso tráfego de caminhões. Para ajudar a mudar essa realidade, o advogado William Pedroso de Abreu, especialista em trânsito, sugere algumas ações. “É fundamental acelerar as obras de duplicação”, afirma. Ele também destaca a importância de intensificar a fiscalização em locais críticos e de promover campanhas educativas de forma contínua, não apenas durante datas específicas.
Essas medidas podem fazer toda a diferença na segurança das nossas estradas. A mudança depende de esforço conjunto de autoridades, motoristas e da sociedade.