Itapema

Apostas ilegais de organização milionária são investigadas em SC

Resultado de meses de investigação, a Operação Las Vegas ganhou um novo capítulo na manhã de quinta-feira (16). Engajada no combate a um esquema de apostas ilegais, a ação foi realizada em Florianópolis. O objetivo? Desmascarar uma organização criminosa com atuação em várias partes do Brasil, incluindo Santa Catarina, Goiás e Paraná.

A operação foi conduzida pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas. Eles contaram com o apoio da equipe do Paraná. As investigações focam em uma rede que, além de promover jogos de azar, também estava envolvida em usura e lavagem de dinheiro.

Em janeiro, a primeira fase da Operação Las Vegas resultou em medidas que bloquearam sites de apostas ilegais, bem como perfis no Instagram e YouTube. A ação frutificou o sequestro de 236 veículos e 18 imóveis. E, para acentuar a gravidade do caso, cerca de R$ 150 milhões foram congelados em contas de pessoas ligadas a esse esquema.

Combate às apostas ilegais: relembre Operação Las Vegas

No dia 30 de janeiro de 2025, a Operação Las Vegas cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, além de três prisões. As ações ocorreram principalmente em Itapema e Balneário Camboriú, mas a investigação se estenderá além de Santa Catarina. Curiosamente, o líder da organização já tinha enfrentado a justiça em 2011, na Operação Jogo Sujo II, mas continuou operando e ainda ampliou seu sistema de apostas ilegais.

Uma planilha do Gaeco revelou que, em um mês, o esquema conseguiu arrecadar mais de R$ 40 milhões. Isso mesmo, em apenas 30 dias!

Como funcionava o esquema?

Os criminosos utilizaram várias locadoras de veículos e empresas de fachada, que estavam registradas em nomes de investigados e “laranjas”. Uma lotérica também foi parte do plano, servindo para esconder dinheiro. Além disso, a compra de imóveis de alto padrão foi uma estratégia para despistar a Receita Federal.

A investigação continua em sigilo, e ainda não há novas informações disponíveis. É uma história que se desenrola e chama a atenção para a realidade das apostas ilegais no Brasil.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo