Na manhã de terça-feira (25), Itajaí e Navegantes enfrentaram sérios problemas na distribuição de água, que se agravaram no dia seguinte. O cenário crítico foi gerado por uma combinação de fatores, como a falta de energia, a alta turbidez do rio e o aumento considerável no consumo de água. Com isso, os principais reservatórios das cidades não conseguiram se recuperar adequadamente, e a população sentiu os efeitos.
### Impacto da queda de energia
Na terça-feira, um apagão afetou cerca de 59 mil residências. Isso interrompeu o funcionamento das bombas de recalque e das estações elevatórias que são essenciais para levar água até as casas. Até as 11h30 daquela manhã, muitos pontos ainda estavam sem energia. A Celesc, responsável pela distribuição, explicou que o problema foi provocado por uma falha técnica na linha de transmissão e enviou equipes para resolver a situação.
Com as bombas paradas e o rio apresentando alta turbidez, a capacidade de tratamento de água foi reduzida. Assim, os reservatórios não conseguiram voltar aos níveis normais.
### Situação crítica em Itajaí
Quando o dia amanheceu na quarta-feira, o reservatório do Morro da Cruz estava com menos de 6% da capacidade, afetando bairros como Centro, Fazenda, Fazendinha e Praia Brava. Em Cabeçudas, a situação era ainda mais preocupante: o reservatório estava completamente vazio. E não parou por aí: regiões como São Roque e Arapongas também tinham níveis alarmantes, com menos de 50% e 30%, respectivamente.
Diante desse quadro, o Semasa, o serviço responsável por água e saneamento, orientou os moradores a economizarem água ao longo do dia. A pressão da água e as interrupções pontuais devem continuar, afetando a rotina de muita gente até que os reservatórios consigam se encher novamente.
A preocupação é palpável, principalmente em cidades como Itajaí e Navegantes, onde essas dificuldades não são comuns, e os moradores estão tentando ajustar seus hábitos no dia a dia.
