Balneário Camboriú

A rotina de um membro do PCC em Santa Catarina

Investigado há dois anos por movimentar mais de R$ 30 milhões para atividades criminosas, um membro do PCC é apontado como o responsável pela morte do empresário Leonardo Siemann, executado com 18 tiros em frente a uma academia em Balneário Camboriú.

Com 49 anos, o suspeito vivia uma vida de luxo até ser preso pela Polícia Civil de Alagoas no dia 19 de agosto. Ele é considerado um dos líderes da facção criminosa no Nordeste e tinha um esquema significativo de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Durante a Operação Lavagem Paulista, que resultou na prisão dele e de mais duas pessoas, os investigadores revelaram que o grupo movimentou quantias expressivas nos últimos anos.

De acordo com o delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial de Alagoas, os envolvidos faziam uso de empresas fictícias e laranjas para ocultar suas atividades. Além disso, desfrutavam de um padrão de vida elevado, ostentando carros de luxo, apartamentos sofisticados, joias, jet skis e até lanchas.

### Carros esportivos e relógios de marca: a ostentação de um integrante do PCC

Na hora da prisão, o homem estava em um apartamento luxuoso em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Com ele, estavam dois veículos Porsche, cada um avaliado em mais de R$ 1 milhão, além de um carro blindado. A polícia encontrou até uma porta blindada em um dos endereços do investigado em Balneário Camboriú, repleta de roupas, bolsas e relógios de grife.

### Homicídio na academia

A violência ganhou destaque em 3 de fevereiro, quando o empresário de 36 anos, Leonardo Siemann, foi assassinado logo após sair de uma academia na 5ª Avenida. Imagens do momento mostram a brutalidade do crime, que, segundo as investigações, teria relação com dívidas de negócios ilícitos entre a vítima e o seu algoz.

Além do mandante, outro homem de 30 anos teria ajudado na ação, sendo responsável pelos veículos que foram usados. Os investigadores continuam trabalhando para desmantelar outros possíveis envolvidos nesse crime hediondo, com um esforço conjunto das Polícias Civis de São Paulo e Santa Catarina.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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