Na manhã desta quarta-feira (3), a Prefeitura de Balneário Camboriú tomou a decisão de demitir um servidor público que estava sob suspeita de ter apresentado um atestado médico falso. Essa medida veio após uma investigação da Secretaria de Gestão de Pessoas, que encontrou indícios de irregularidades no documento apresentado pelo funcionário, que havia entrado para o time da prefeitura em abril de 2013.
Essa não é uma ocorrência isolada. A prefeitura está intensificando as investigações neste ano para identificar outras possíveis fraudes relacionadas a atestados médicos. Além disso, novas apurações continuam em andamento, já que surgiram novos elementos durante as análises iniciais.
Esse episódio acontece cinco meses após a Polícia Civil realizar buscas no Hospital Ruth Cardoso, em julho, motivadas por denúncias da própria prefeitura sobre emissões irregulares de atestados. Naquela ocasião, uma servidora do hospital foi afastada de suas funções, e vários procedimentos administrativos foram abertos para investigar possíveis fraudes de outros servidores municipais.
Os números falam por si: em 2024, foram registrados, em média, cerca de 1.780 atestados por mês, o que representou um impacto financeiro de mais de R$ 19 milhões nos cofres da cidade. Por conta dessa situação, a administração municipal implementou novos mecanismos de controle com o objetivo de reduzir as saídas e combater possíveis fraudes. Embora a média de 2025 esteja abaixo da do ano anterior, ainda é considerada bem alta.
A prefeitura ressalta que o atestado médico é um direito do servidor, mas também enfatiza que tomará medidas administrativas e até criminais sempre que houver indícios de irregularidade.
