Arrombador furta apartamento durante obra em prédio
Na tarde de 15 de outubro, um apartamento na Rua 3550, no coração de Balneário Camboriú, foi alvo de um arrombamento. O crime ocorreu por volta das 14h45, quando um intruso aproveitou que o portão do condomínio estava aberto e subiu de elevador até o quinto andar. O caso só ganhou destaque agora, três semanas depois, depois que a vítima entrou em contato com a nossa redação, especialmente após um morador da mesma rua ter passado por uma situação semelhante.
De acordo com o que foi relatado, o suspeito tocou a campainha, esperou um pouco e, com uma chave de fenda, forçou a fechadura da porta. Coincidentemente, minutos antes, dois trabalhadores de uma obra no oitavo andar haviam saído com um carrinho de mão, deixando o prédio desatendido.
No hall do apartamento, o intruso foi visto segurando um celular e, segundo a vítima, parecia estar recebendo instruções em tempo real. O arrombamento ocorreu ao mesmo tempo em que, no andar acima, uma furadeira industrial estava em operação — o barulho deve ter ajudado a abafar o som do crime. Ao perceber a câmera na entrada do imóvel, o homem virou o dispositivo para cima, provavelmente tentando esconder seu rosto e a ação criminosa. As informações indicam que ele estava armado com um instrumento perfurocortante, o que representava um risco, caso alguém estivesse no local.
A situação, inicialmente registrada como dano à porta, foi posteriormente convertida para furto qualificado. A vítima fez o pedido de reclassificação e pediu a abertura de um inquérito e a perícia das imagens do circuito interno do condomínio. Itens de valor significativo, como eletrônicos e relógios, foram levados.
Em um depoimento, a fonte — que preferiu não se identificar — levantou a suspeita de que pessoas ligadas à obra do oitavo andar poderiam ter facilitado o crime. Ela mencionou ainda que, uma semana antes do arrombamento, a síndica notou um operário “subindo andar por andar” sem explicações claras. No dia do furto, o invasor teria comprado ferramentas bem antes de cometer o crime. Essas alegações, apresentadas como indícios pela vítima, precisarão ser investigadas formalmente.
A vítima expressou sua insatisfação com o atendimento das autoridades no início do caso. Ela afirmou ter enviado vídeos e detalhes à Polícia Civil, solicitando que as novas informações fossem incluídas no processo e que o autor, cujo rosto aparece nas imagens, fosse identificado. O material original permanece guardado em mídia, disponível para a perícia.
Decidimos não divulgar os nomes da vítima e do morador do oitavo andar, conforme solicitado. Mantemos nosso espaço aberto para quaisquer manifestações do condomínio, dos responsáveis pela obra e da Polícia Civil, e, se houver novas versões, podemos atualizar a matéria.



