Marcelo Brigadeiro, um influenciador digital e empresário de Santa Catarina, acendeu uma conversa interessante ao admitir que pode sim se candidatar ao governo do Estado em 2026. Ele pretende fazer isso pelo Partido Missão, uma nova legenda que surge ligada ao MBL. Apesar de confessar que não tem “vontade de ser político”, a pressão do público e um convite oficial de Renan Santos, líder do movimento, durante um congresso do MBL em Florianópolis em julho, o fez repensar a situação.
Brigadeiro destaca que, caso decida entrar na disputa, será mais por uma questão programática do que por ambição própria. Para ele, a candidatura seria uma forma de colocar em pauta questões importantes e ajudar a eleger parlamentares que compartilhem dessas ideias. Ele também reflete sobre os “ônus” e “bônus” que essa decisão traria. Um dos pontos que ele levanta é que seu estilo “combativo” pode não agradar a todos, especialmente ao eleitorado mais velho. Apesar disso, ele vê nessa possibilidade uma chance de gerar atenção para temas relevantes.
Na noite de 4 de novembro, o Partido Missão recebeu a aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tornando-se oficialmente o 30º partido do Brasil, com o número 14. Para conseguir o registro, o partido apresentou quase 578 mil apoios válidos e cumpriu todas as regras necessárias. No entanto, o relator, André Mendonça, pediu ajustes em alguns artigos do estatuto, como a revogação de um parágrafo que permitia a abdicação do Fundo Partidário em órgãos estaduais.
Com essa aprovação, o Missão pode lançar candidatos, acessar recursos do Fundo Partidário e veicular propaganda em rádio e televisão. Em um cenário mais amplo, os dirigentes do partido já sinalizam a intenção de ter uma candidatura própria ao Planalto em 2026. Nesse contexto, a hipótese de Marcelo Brigadeiro como candidato em Santa Catarina entra como uma peça importante no quebra-cabeça político que está se formando.
