Itajaí e Região

Empresário de SC alterava drones para tráfico de drogas

Um empresário de Itajaí se envolveu em uma trama complicada de tráfico de drogas, e a história é de tirar o fôlego. Recentemente, ele foi um dos alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que revelou um esquema em que ele modificava drones para ajudar traficantes.

A situação é bastante surpreendente. O homem, que possui uma empresa de manutenção de drones, foi acusado de receber esses aparelhos de membros de uma organização criminosa para adaptá-los. A função? Levar drogas e celulares para dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Uma jogada arriscada e que mostra a ousadia do crime.

Operação Mavick: Ação em Sete Estados

A Operação Mavick foi de grande escala, com 350 policiais civis atuando em sete estados para desmantelar essa rede de tráfico e lavagem de dinheiro. Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e mais de 70 mandados de busca e apreensão. O que impressiona é que a Justiça bloqueou mais de R$ 18 milhões em bens e contas ligadas aos suspeitos.

Os resultados foram expressivos: cinco pessoas foram presas, 20 veículos apreendidos e 63 contas de “laranjas” tiveram seus valores bloqueados. Isso tudo transpôs Itajaí, com operações também realizadas em cidades como Navegantes e Joinville, além de ações em São Paulo, Paraná, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Investigação Revela Conexões Criminosas

As investigações mostraram que entre os principais envolvidos estão o líder do grupo, atualmente preso, e o empresário, que se tornou um elo fundamental. A história começou com informações de que eles planejavam instalar um laboratório de refino de cocaína em Bagé. A polícia conseguiu apreender celulares que continham indícios da conexão entre os suspeitos.

Em outra investida, a polícia encontrou o laboratório e prendeu cinco indivíduos, além de apreender uma prensa para cocaína e drogas refinadas. É assustador pensar que celulares novos estavam sendo preparados para serem enviados para o sistema prisional, tudo com a ajuda de drones.

A movimentação financeira dos investigados também chamou a atenção. Uma análise do sigilo bancário demonstrou que o trio estava lidando com cifras que não condiziam com seus rendimentos normais. Além das prisões e bloqueios de contas, centenas de outras pessoas foram identificadas como parte do esquema de lavagem de dinheiro.

É um enredo que poderia muito bem ser um filme, não é? Esse tipo de informação não poderia acontecer em outro lugar, senão no nosso Brasil.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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