Na noite de sexta-feira, 26 de setembro, algo muito chocante aconteceu durante uma transmissão ao vivo de tarot em Macacos, na Vila das Pedras, em Camboriú. Enquanto a taróloga interagia com o público, um tiro ecoou do lado de fora. J.F., de 27 anos, entrou correndo, claramente apavorada, e pediu ajuda. Ela implorou para que chamassem a polícia e o SAMU. A anfitriã, ainda em estado de choque, recordou o pânico que tomou conta do ambiente, com crianças ao redor, e a transmissão ao vivo sendo impactada: “Escutaram o barulho do tiro e viram eu desesperada… eu não consegui nem desligar o telefone.”
O que se seguiu foi uma cena de terror. J.F. relatou que o suspeito, A.F.S., seu ex-companheiro, quebrou as portas da casa na força, como se estivesse em um filme de sobrevivência. Ele chegou a apontar uma arma para o namorado de J.F., mandando-o sair da frente. A situação se tornou ainda mais tensa quando ele disparou vários tiros, deixando marcas na cozinha. “Foi um momento de pânico de fato… a gente escutou o disparo na live”, detalhou, mostrando os estragos em casa. A perícia recolheu projéteis e fez a documentação do local.
A Polícia Militar confirmou que se tratava de uma tentativa de homicídio. Durante a chegada ao local, as equipes se depararam com um Renault Kwid capotado, veículo que seria utilizado na fuga do autor. Testemunhas relataram que J.F. se trancou em casa para se proteger, enquanto A.F.S. arrombava a porta e disparava. Infelizmente, ela foi atingida uma vez no abdômen e precisou ser levada ao Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A Polícia Civil e a Científica foram chamadas para investigar e analisar a cena do crime.
O que motivou essa brutalidade ainda está sendo investigado. Fontes comentaram que o casal tinha se separado há cerca de dois meses e que A.F.S. não aceitou o fim do relacionamento. Ele teria simulado uma viagem e, para armar uma emboscada, pedido a J.F. para cuidar dos cães na antiga casa que dividiram. Este contexto, assim como a fuga do suspeito, está sendo analisado pelas autoridades.
J.F., seu namorado e um familiar são considerados testemunhas e vítimas dessa situação aterradora. A taróloga destacou o impacto emocional nas crianças presentes e também mencionou os prejuízos materiais, como as portas destruídas. Além disso, ela decidiu manter a gravação da live como prova, um registro importante para as investigações. “Eu não posso excluir o vídeo, porque ele vai ser usado como prova”, afirmou.
Após o ataque, A.F.S. fugiu em alta velocidade e, logo depois, capotou o carro a cerca de um quilômetro e meio do local do crime. Ele conseguiu escapar, segundo relatos de J.F. Enquanto isso, ela recebia atendimento no hospital, e até o momento, o suspeito continua foragido.
