Enteado morde dedo de mulher e é liberado em SC
Uma mulher de 45 anos teve um momento aterrorizante em sua vida ao ser agredida brutalmente pelo enteado, de apenas 23 anos, em Barra Velha. O ocorrido, que aconteceu no dia 27 de julho, na casa da vítima, deixou marcas profundas, tanto físicas quanto emocionais.
Josiane Rosa, que trabalha como empresária, vivia com seu marido e o enteado quando um desentendimento verbal rapidamente escalou para a violência. O agressor usou uma barra de ferro, brutalmente golpeando Josiane nas costas. Ela perdeu os sentidos após os primeiros impactos e descreve a situação como uma verdadeira luta pela vida. “Eu estava de costas, quando a pancada veio. A segunda me fez ajoelhar. Só consegui gritar por socorro”, contou ela, em entrevista.
Os danos foram severos: além de ter sofrido muitos hematomas, especialmente no rosto, Josiane precisou de mais de 300 pontos na cabeça e uma mão fraturada. Infelizmente, a situação não parou por aí.
Dedo arrancado com os dentes
O momento mais chocante foi a mutilação de parte de um dedo da outra mão, que foi arrancado com os dentes do agressor. Uma vizinha que ouviu os gritos correu para ajudar, enquanto o jovem ameaçava: “Tira ela daqui porque eu vou matar ela. Se eu não matei, eu vou matar ela”.
Quando a polícia chegou e prendeu o enteado, ele estava coberto de sangue. A princípio, a equipe médica suspeitou que Josiane poderia ter se ferido, mas logo a verdade veio à luz. O sangue dele era resultado da mordida que ele deu na madrasta.
Após 18 dias internada, incluindo seis na UTI, Josiane finalmente recebeu alta, mas terá que continuar o tratamento e a fisioterapia por pelo menos três meses. Agora, ela se recupera em Itajaí e tenta retomar a vida após essa experiência traumática.
Defesa alega que enteado é esquizofrênico
O jovem foi preso em flagrante e indiciado por tentativa de feminicídio. Entretanto, em uma reviravolta, ele foi solto pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra Velha no dia 14 de agosto. A defesa argumentou que ele sofre de esquizofrenia, levando à decisão de que a família deveria providenciar o internamento em um local adequado.
Os advogados de Josiane estão recorrendo da decisão. “Não houve supervisão, como tornozeleira eletrônica ou fiança. Não sabemos o que acontecerá a seguir”, comentou o advogado da vítima, Jairo Amauri Abdon Júnior.
A delegada do caso, Milena de Fátima Rosa, informou que o Ministério Público ainda não se manifestou oficialmente, e a denúncia formal está pendente. Enquanto isso, os advogados do suspeito preferiram não se pronunciar.
Esses eventos trágicos enfatizam a gravidade da violência doméstica e a importância de uma resposta apropriada às situações de agressão.