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Pâmela Lucciola assume o lugar de Cátia Fonseca na Band

Rio de Janeiro

Após o Carnaval, Pâmela Lucciola, de 37 anos, deixou Salvador para se estabelecer em São Paulo. A apresentadora baiana já havia realizado várias viagens para a cidade paulista desde 2023, quando começou a substituir Glenda Kozlowski no programa "Melhor da Noite", exibido pela Band.

Com o convite para apresentar o programa ao lado de Otaviano Costa em edições ao vivo, três vezes por semana, a mudança se tornou essencial. Pâmela comentou de forma bem-humorada sobre a adaptação ao clima: "Pelo amor de Deus, está sendo uma prova de sobrevivência", referindo-se ao frio da nova cidade.

Antes de sua nova fase na Band, Pâmela apresentava o "Band Mulher", um programa focado no público feminino, que mesclava notícias e entretenimento. Nessa função, ela tinha um papel fundamental, desde sugerir pautas até redigir roteiros. "Eu era chefe da equipe. Isso me fez ser muito mão na massa. E continuo assim", recordou.

A transição para o "Melhor da Tarde" foi fluida, especialmente após a saída de Cátia Fonseca da emissora, há dois meses. "É o mesmo tipo de programa, no mesmo horário, com o mesmo tom que fazia em Salvador. O maior desafio para mim foi o ‘Melhor da Noite’, que exigia mais entrega ao entretenimento", explicou.

Apesar de rumores sobre mudanças na equipe do programa vespertino, Pâmela se mostra confiante. "Confio muito na direção da Band. Sei que o ‘Melhor da Tarde’ vai entrar numa nova fase e estou aberta a quem vier para somar. Não sou do tipo que precisa estar sozinha no centro".

Ela faz questão de afirmar sua identidade nordestina e baiana. "Tenho orgulho disso. Nunca me pediram para mudar meu sotaque, e tenho medo de perdê-lo. A representatividade é parte do que me move. Sei o que significo para jornalistas fora do eixo Rio-São Paulo".

Com 12 anos de carreira, ela se sente preparada para os desafios atuais. "Não é que estão me dando uma chance para testar. Eu dou conta do recado. Já fiz programa ao vivo, transmissões de Carnaval, festas populares… tenho repertório e ferramentas."

Pâmela também tem planos para o futuro, sonhando em desenvolver um projeto voltado para mulheres. "Sou feminista. Não se trata de competir com homens, mas de ocupar os espaços que nos cabem e abrir caminhos para outras mulheres, especialmente aquelas que não tiveram os mesmos privilégios que eu".

Conciliar a rotina com seu marido, Russo Passapusso, cantor da banda BaianaSystem, tem sido um desafio. Ela reconhece a necessidade dessa mudança para crescer profissionalmente. "Eu já tinha atingido um teto na Bahia. Precisava evoluir na carreira".

Pâmela e Russo trocam ideias sobre seus trabalhos, já que ele também está na televisão. "Ele sofre com as exposições no ‘Papo de Segunda’, coitado. É muito coração, muito sincero. Às vezes ele fala demais e fico com o coração na mão", revelou, entre risos. "A gente troca muito. Tento protegê-lo o máximo que posso".

Embora não tenha aspirado à fama, Pâmela compreende que a visibilidade faz parte do seu trabalho. "Sempre quis ser uma boa jornalista. Trabalhei muito a minha dicção. Hoje apresento sendo quem sou: espontânea, brincalhona, mas com conteúdo apurado". Ela se sente firme e satisfeita com o caminho que escolheu. "A televisão é uma cachaça. E eu tô aqui, pronta para mais um gole".

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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