Itapema

Corretor preso em SC: informações sobre sua atuação

O caso de um corretor preso em Itapema, que teria causado um prejuízo de R$ 20 milhões a pelo menos 119 pessoas no Rio Grande do Sul, ganhou destaque na mídia recente. A prisão aconteceu no dia 10 de julho enquanto ele tentava recomeçar sua carreira no mercado imobiliário.

A descoberta levantou a preocupação de quem mora no Litoral catarinense, que se questionou se o homem também havia enganado moradores da região através de um esquema financeiro semelhante.

O que sabemos sobre o corretor e sua atuação em Itapema

Investigações da Polícia Civil revelaram que, quando o esquema em Nova Petrópolis estava prestes a colapsar, o corretor fechou sua imobiliária e se mudou para Itapema, onde se instalou em um prédio perto da praia. Ele tentava transferir seu registro no Creci, mas não completou o processo. Mesmo assim, conseguiu emprego em duas imobiliárias da cidade, que não tinham conhecimento de seu passado.

Até o momento, não há evidências de que ele tenha aplicado golpes em Santa Catarina. O corretor tinha criado uma nova conta em redes sociais, onde se apresentava e mostrava seu estilo de vida, atraindo a atenção das vítimas do Rio Grande do Sul.

Em um vídeo, ele expressou contentamento por se mudar para Itapema, dizendo: “Que lugar maravilhoso, que lugar que traz paz.” Ele até oferecia ajuda para quem desejasse mudar para lá também.

Corretor sem registro em SC

A promotora de Justiça Ana Flávia Amaral Rezende, de Nova Petrópolis, pediu não apenas a prisão do corretor, mas também a suspensão dos registros dele tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul. O Creci-SC confirmou que ele não tinha registro na entidade, o que significa que ações disciplinares só poderiam ser tomadas pelo Ministério Público em casos de exercício ilegal da profissão.

Como o corretor enganava os clientes

O delegado Fábio Idalgo Peres, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, explicou que o corretor desviou valores de aluguéis que deveriam ser repassados aos proprietários, afetando até idosos que precisavam desse rendimento. Ele administrava mais de 600 contratos e se apropriava das cauções dos imóveis, causando grandes prejuízos a muitas pessoas.

Esquema de pirâmide financeira

Além dos desvio de aluguéis, o corretor também estaria envolvido em um esquema de pirâmide financeira interna, onde retirava recursos da própria imobiliária para cobrir outros gastos, até que o esquema não conseguiu se sustentar mais.

Vítima principal teve grande prejuízo

Ele também foi acusado de simular a venda de uma casa de alto padrão por R$ 1,4 milhão, mesmo sabendo que havia uma dívida sobre o imóvel. Isso chamou bastante atenção e levantou preocupações sobre as práticas dele.

O que diz a defesa

O advogado do corretor, Vinícios de Figueiredo, argumenta que os prejuízos não seriam tão altos e que a situação da casa poderia ser resolvida em breve. Ele afirmou que a imobiliária sempre garantia o pagamento aos proprietários, mesmo em casos de inadimplência. Embora tenha um habeas corpus em andamento, esse pedido foi negado até agora.

A defesa também colocou em dúvida as alegações de que ele usou documentos falsos para atuar em Santa Catarina, afirmando que ele havia solicitado a inscrição suplementar. O Creci-SC, por outro lado, nega qualquer registro dele na instituição.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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