Notícias

Taylor x Serrano: a luta que promete marcar o boxe feminino

O ginásio Madison Square Garden, em Nova York, será o cenário de um momento marcante para o boxe feminino nesta sexta-feira. O evento contará com oito lutas e 17 títulos mundiais estarão em disputa, o que garantirá um registro no Guinness Book, o livro dos recordes. O destaque da noite será o combate entre Katie Taylor, da Irlanda, e Amanda Serrano, de Porto Rico. Ambas são consideradas algumas das melhores boxeadoras da atualidade.

Katie Taylor defenderá seu título unificado na categoria meio-médios-ligeiros, que abrange as principais organizações de boxe, como o Conselho Mundial de Boxe (CMB) e a Organização Mundial de Boxe (OMB). Este será o terceiro encontro entre Taylor e Serrano, que já se enfrentaram em 2022 e 2023, com Taylor saindo vitoriosa em ambas as ocasiões. O terceiro combate é tão aguardado que a transmissão do evento será feita pela Netflix, a partir das 21 horas, e todos os ingressos foram rapidamente esgotados.

Além do duelo principal, a campeã indiscutível Alycia Baumgardner também fará sua defesa de quatro títulos contra a espanhola Jennifer Miranda. Outras lutas prometem agitar a noite, como o confronto na divisão peso galo entre Cherneka Johnson e Shurretta Metcalf. Em disputas preliminares, Savannah Marshall e Shadisa Green se enfrentarão pelos cinturões supermédios, seguidas por Ellie Scotney e Yamileth Mercado, que disputarão os cinturões supergalo.

Jake Paul, um dos cofundadores da promotora de eventos Most Valuable Promotions, destacou a importância do evento. Ele acredita que essa luta ajudará a contar a história do boxe feminino, que ainda enfrenta desafios de visibilidade e reconhecimento em comparação com o boxe masculino. Enquanto Katie Taylor e Amanda Serrano se preparam para o combate, ambas reconhecem a importância da luta para o avanço do boxe feminino.

Ao longo dos anos, o boxe feminino passou por um longo caminho. A prática começou a ganhar destaque no século XVIII, quando a inglesa Elizabeth Wilkinson se destacou em lutas públicas. Porém, o boxe feminino foi banido, retornando apenas no início do século XX, quando mulheres começaram a se reunir para treinar secretamente.

Na década de 70, o boxe feminino foi finalmente legalizado. Nos anos 90, pugilistas como Christy Martin ajudaram a popularizar as lutas femininas. A inclusão do boxe feminino nas Olimpíadas de 2012 foi um passo significativo no reconhecimento das mulheres nesse esporte. Nos últimos anos, a qualidade técnica das lutadoras tem crescido, e eventos com grandes audiências têm se tornado cada vez mais comuns.

Essa sexta-feira promete ser um marco para o boxe feminino, mostrando que as lutadoras estão conquistando seu espaço e atraindo uma nova geração de fãs.

Rodrigo Peronti

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo